Este domingo (21) é celebrado o Dia da Cachaça Mineira e para comemorar, a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), lança o primeiro de seis episódios da série “Preciosas - Cachaças de Minas”, que serão veiculados aos domingos, pelas redes sociais e pelo YouTube.
A fabricação em alambiques é declarada como patrimônio cultural imaterial de Minas Gerais, por lei estadual de 2007. Minas é o maior produtor nacional de cachaça de alambique do país, com mais de 350 cachaçarias e quase 1.800 marcas. De cada três cidades que possuem estabelecimentos registrados no país, uma é mineira, segundo o Anuário da Cachaça 2021, publicado pelo Ministério da Agricultura em outubro de 2022.
Das dez cidades que lideram o ranking de produtoras da bebida no Brasil, metade é mineira. Dentre todas elas, está Salinas com 16 cachaçarias. Em 2018, a cidade foi reconhecida pelo Governo Federal como a Capital Nacional da Cachaça e com o selo de Indicação Geográfica, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial, em 2012.
“A produção de cachaça em nosso estado é muito significativa. Além de ser uma atividade econômica que gera renda e empregos, ela ocupa um lugar especial quanto ao pertencimento, já que está presente no país desde o período colonial, e de forte identificação. O trabalho desenvolvido na secretaria visa a valorização do setor e o incentivo à formalização”, comenta a diretora de Comercialização e Mercados da Seapa, Jaqueline de Fátima Santos.
Benefícios da regularização
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), vinculado à Secretaria de Agricultura, foi o primeiro órgão de defesa agropecuária estadual no país a inspecionar a produção e o comércio de cachaça e aguardente de cana, a partir de uma portaria do Ministério da Agricultura de 2018. A fiscalização visa verificar as boas práticas de fabricação e o cumprimento de padrões legais, como as condições higiênico-sanitárias no decorrer de todo o processo produtivo.
“As ações do IMA em prol do setor são fomentar, fiscalizar e orientar a respeito das benesses da regularização, como acessar novos mercados e oferecer aos consumidores produtos de qualidade superior. A cachaça em Minas Gerais tem o reconhecimento nacional e internacional, e o nosso trabalho visa manter esse prestígio”, explica o fiscal agropecuário Lucas Guimarães.
Em 2022, a receita das exportações mineiras com a cachaça somou US$ 2,3 milhões, com o volume de mais de 400 mil litros embarcados, conforme dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). Os números representam alta de 110% e 71%, respectivamente, em comparação a 2021. O produto foi enviado a 17 destinos internacionais, principalmente, EUA, Uruguai e Itália.