Ergonomia e produtividade: como medir o impacto real das ações nas empresas

Mais do que conforto, a ergonomia tem se mostrado uma estratégia de gestão que aumenta a eficiência, reduz custos e melhora o bem-estar dos trabalhadores

Avaliação ergonômica com instrumentos de medição ajuda a identificar posturas e esforços físicos que impactam na produtividade

A ergonomia deixou de ser apenas uma exigência normativa e se consolidou como um fator estratégico para o aumento da produtividade e da competitividade industrial. Em empresas que implementam programas estruturados, os ganhos são visíveis tanto na saúde dos trabalhadores quanto nos resultados financeiros.

De acordo com Reuber Ferreira dos Santos, analista de ergonomia do Sesi SST Uberlândia, os indicadores que melhor refletem os resultados das ações ergonômicas são os de produção, absenteísmo e desempenho econômico.

“Avaliamos a eficiência operacional, a produtividade individual ou do setor e se houve redução no tempo médio das tarefas. Também monitoramos a diminuição das faltas justificadas por dor osteomuscular e os custos com medicamentos, para evidenciar o retorno das melhorias ergonômicas”, explica à Itatiaia.

Indicadores que comprovam resultados

Um dos métodos mais eficazes para mensurar os resultados é o acompanhamento dos dados pelo COERGO (Comitê de Ergonomia), formado por gestores e técnicos da empresa.

Segundo Reuber, o comitê se reúne mensalmente para comparar indicadores antes e depois da implementação das ações ergonômicas, analisando atestados médicos, afastamentos, absenteísmo, presenteísmo e produtividade.

Além dos aspectos quantitativos, o especialista destaca a importância de avaliar a motivação e o engajamento dos colaboradores. Essa análise é feita por meio de pesquisas de satisfação e ferramentas qualitativas, que permitem captar percepções subjetivas sobre conforto, segurança e bem-estar no trabalho.

Para análises mais técnicas, são utilizados checklists e metodologias específicas como RULA, REBA e OWAS, além de medições biomecânicas com sensores de movimento e dinamômetros — instrumentos que medem o esforço físico e as cargas posturais exigidas nas atividades.

Investir em ergonomia é investir em produtividade

Os resultados vão além da melhoria do ambiente laboral. Segundo Reuber, o investimento em ergonomia gera retorno financeiro direto. “Quando os postos de trabalho estão ajustados às características dos trabalhadores, há redução da fadiga e dos erros operacionais. Isso significa menos lesões, menos dias perdidos e menor gasto com substituições e horas extras”, afirma.

Estudos da Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT) indicam que cada R$ 1 investido em ergonomia pode retornar de R$ 3 a R$ 5 em redução de custos e ganhos de produtividade.

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Erem Carla é jornalista com formação na Faculdade Dois de Julho, em Salvador. Ao longo da carreira, acumulou passagens por portais como Terra, Yahoo e Estadão. Tem experiência em coberturas de grandes eventos e passagens por diversas editorias, como entretenimento, saúde e política. Também trabalhou com assessoria de imprensa parlamentar e de órgãos de saúde e Justiça. *Na Itatiaia, colabora com a editoria de Indústria.

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