A 2ª edição da Bienal de Gastronomia de Belo Horizonte, que inclui o Fórum Internacional de Gastronomia (FIG), é a materialização de um planejamento de longo prazo que começou com o reconhecimento da cidade pela UNESCO.
Segundo Bárbara Menucci, presidente da Belotur, o planejamento da Bienal é parte de um marco que se iniciou em 2019, quando Belo Horizonte recebeu o título de cidade criativa da gastronomia pela UNESCO, em outubro.
“A partir disso, começam a ser criados os projetos. A Bienal é justamente nesse contexto da gente trazer um calendário onde a gente possa mostrar para Belo Horizonte e convidar turistas para a gente trocar, saborear, dialogar sobre cultura alimentar e mostrando tudo que Belo Horizonte é pioneira”, explicou Menucci. Ela citou como exemplo a política pública de segurança alimentar do município, com mais de 30 anos, e projetos inovadores como o “Bares com Alma”.
A presidente da Belotur reforçou o papel essencial da população local na promoção turística: “O principal atrativo turístico de Belo Horizonte são os belo-horizontinos, assim como, na nossa perspectiva da Belo Tour, são os principais embaixadores também, dizendo para as pessoas que estão de fora o que elas podem vivenciar em Belo Horizonte”.
A origem do projeto
Eduardo Cruvinel, diretor de política de turismo e inovação na Belotur, detalhou sobre a criação da Bienal. “A Bienal é um sonho que a gente começou lá em 2019, quando a gente teve essa honra de receber o título de cidade criativa da gastronomia pela UNESCO. E em benchmark, buscando referências, a gente viu que as outras cidades tinham grandes eventos que eram usados para poder valorizar esses títulos”, relatou.
Após um projeto piloto virtual em 2021, a primeira edição presencial foi realizada em 2023. “Ela [a primeira edição] deu asas pra gente chegar nessa segunda edição de 2025 - que a gente realiza ocupando a cidade como um todo - com diversas atividades do Barreiro à Regional Norte”, destacou Cruvinel, referindo-se à amplitude do evento na capital.
Cruvinel enfatizou a combinação estratégica entre gastronomia e cultura. “Gastronomia e cultura alimentar para a gente é uma mistura que a gente quer explorar e quer utilizar a favor de Belo Horizonte pra gente se posicionar tanto pro público do brasileiro quanto pro exterior,” disse. “Falar disso é um tema super agradável, é um fator de atração de turistas e para a gente é motivo de orgulho e de honra para poder contribuir tanto com a base da cultura alimentar quanto também para a rica gastronomia. Essa combinação é poderosa, ela é transformadora, é isso que a gente quer reforçar.”
O diretor citou ainda o projeto “Bares com Alma”, que mapeou bares históricos em 2024 e será expandido para mais 20 estabelecimentos em 2026, somando 50 no total.