Ouvindo...

Café, carne, soja e fruta rastreados; é o agro de porteiras abertas!

A partir de agora a rastreabilidade dos produtos será tão importante quanto o preço para o consumidor, que será mais alto. Tecnologia custa caro!

Rastreabilidade, carbono zero, sustentabilidade, são palavras-chave para se falar sobre o agronegócio ou debater assuntos a respeito da agropecuária de hoje e do futuro.

Por meio da rastreabilidade, é possível conhecer a origem e os caminhos percorridos pelos produtos com todos os detalhes. O controle da rota é tão importante quanto à forma de produção.

Assim, são rastreados veículos de transporte para segurança das mercadorias nas estradas até o destino.

Rastrear significa dar identidade aos produtos com todos os detalhes de segurança alimentar do consumidor e ambiental do planeta.

Todos têm o direito de conhecer os pormenores dos alimentos ou dos produtos industrializados para seu uso diário. Porém, devemos ficar atentos porque tecnologia custa caro e na ponta final é que vem a diferença de valores para o consumidor.

O Jornal Valor Econômico nos trouxe uma matéria interessante sobre uma Startup da Nova Zelândia que chega ao Brasil através de uma parceria com a Nestlé, que vai identificar a origem dos grãos que multinacional compra no Brasil.

Entretanto, essa coleta de dados já começou e quase mil amostras das áreas de café já fazem parte do banco de dados. Foram colhidas porções de terra de cafezais em São Paulo, Sul de Minas, Cerrado Mineiro e Chapada Diamantina. Por enquanto, a Nestlé vai rastrear somente o café, expandindo depois para outros produtos agrícolas.

Ao que parece os agropecuaristas brasileiros, em sua grande maioria, não terão muitas barreiras com a questão da sustentabilidade, porque até o Ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, tem rasgado seguidos elogios ao tratamento dado por todos ao meio ambiente.

Na abertura da Bahia Farm Show, na cidade de Eduardo Magalhães, assim como o presidente Lula, que marcou presença em seu primeiro evento agro depois da posse, o ministro Fávaro também esteve lá prometendo um robusto plano safra e com juros em conta para o produtor.

Fávaro realçou os recordes históricos da produção brasileira, que ainda é fruto do antigo Plano Safra. Ressaltou que são poucos produtores rurais que não seguem as regras da sustentabilidade.

No lado politico, o discurso está mudando e quase não se ouve mais ruídos com respeito às acusações que eram direcionadas aos agropecuaristas.

Produtor rural no município de Bambuí, em Minas Gerais, foi repórter esportivo por 18 anos na Itatiaia e, por 17 anos, atuou como Diretor de Comunicação e Gerente de Futebol no Cruzeiro Esporte Clube. Escreve diariamente sobre agronegócio e economia no campo.