No Dia Mundial do Meio Ambiente, estamos chegando próximos do lançamento do Plano Safra brasileiro, e, os agropecuaristas ainda aguardam quais serão as novidades a serem apresentadas pelo Ministério da Agricultura, o volume da grana a ser liberado para o financiamento agrícola e os juros que serão cobrados dos produtores.
Há uma escala de juros que obedece a posição de cada agropecuarista. Aquele que está no agricultura familiar paga o índice menor, depois vêm os outros níveis e o juro vai subindo. As taxas aplicadas no ano passado foram altas em decorrência da selic de 13.75%. E, como não houve mudança mesmo com as “broncas” do presidente Lula, os produtores estão preocupados com os financiamentos.
Também está sendo anunciado pelo governo que aqueles que obedecerem as normas de baixo carbono ou carbono zero, em todos os níveis da agropecuária serão privilegiados com juros menores.
Só que a maioria esmagadora dos pequenos agricultores, o grupo dos familiares, aqueles que fazem um trabalho próximo ao artesanal e já possuem um comportamento próprio, não sabe como proceder num momento que todos falam e nenhuma cartilha, nenhuma assistência técnica presencial está programada para assisti-los.
Qual será a metodologia que os bancos irão aplicar na liberação dos empréstimos? A verdade é que desde a COP 21, de 2015, em Paris, as inúmeras páginas escritas no sentido de corrigir os desvios ambientais, percorreram uma trajetória de poucos quilômetros.
E será que os órgãos governamentais e os bancos saberão distinguir aqueles que já praticam a agropecuária de baixo carbono ou carbono zero?
Onde está o histórico ambiental detalhado de todas as atividades no Brasil, inclusive do agronegócio?
Os impactos ambientais negativos provocados pela indústria, transporte urbano e agropecuária precisam ser avaliados caso a caso no Dia Mundial do Meio Ambiente pelo menos para reflexão, porque as tomadas de decisões concretas ainda estão por vir.
O transporte não pode parar, a indústria também não! E, muito menos agropecuária que produz alimentos! Se hoje, 3 refeições ao dia para muitas pessoas está difícil, vamos imaginar se menos alimentos forem produzidos!
Punir aqueles que produzem de forma irregular é o caminho necessário, porém ficar combatendo o lógico não é justo. Entretanto, na agricultura, torna-se necessária uma avaliação criteriosa dos métodos científicos adotados, especialmente no combate às pragas e doenças de todas as safras.
Todos os seres vivos, inclusive as plantas, estão sujeitos a doenças e pragas avassaladoras, que podem destruir uma lavoura em poucos dias.
Nós, humanos, ficamos a procura defensivos químicos contra covid, sarampo, meningite, gripe, pneumonia e outras doenças. Nossos defensivos são as vacinas, comprimidos, corticóides que muitas vezes nos deixam sequelas.
A agricultura também usa seus defensivos químicos para que na colheita da safra de arroz/feijão, o povo não fique sem alimentos. Todo ser vivo poderá ser destruído se não houver uma ação imediata contra os ataques á sua saúde.
Precisamos avaliar com critério aquilo que vemos e lemos, para depois não brigarmos com o prato de comida na hora do almoço.
A cobrança sobre a qualidade dos alimentos está dentro dos direitos e deveres de todos os cidadãos. E vamos exercê-los com firmeza e responsabilidade!