As carnes alternativas, ou carnes de laboratório vem causando divergências maiores na Europa e Estados Unidos. Por aqui, a EMBRAPA já informou que está criada a carne de frango cultivada em laboratório que passa pelos testes finais.
Trata-se de uma carne que nasce da própria célula da carne de frango, uma tecnologia que recria tecidos a partir da célula da galinha.
A EMBRAPA tem toda credibilidade para lançar uma carne de laboratório no mercado.
Eu, particularmente, já disse que aceito experimentar, porém, mantenho a tradição de minhas galinhas caipiras, obedecendo rigorosamente as regras mineiras do quiabo, angu e feijão.
Na Itália estão pensando diferente e a primeira ministra Giorgia Meloni, já enviou ao parlamento um Projeto de Lei que proíbe a produção e comercialização de alimentos criados em laboratório.
O governo italiano informa que não pretende apenas proteger o cidadão do consumo de alimentos sintéticos, mas quer preservar a rica cultura do país. O macarrão, que abre um leque de variedades de massas em vários cantos do mundo, é um exemplo.
Os queijos italianos, vinhos, os presuntos e outros similares foram citados pela primeira-ministra Giorgia Meloni, que não pretende deixar os laboratórios ameaçarem a tradição agrícola italiana.
O caso vai ser votado proximamente pelo parlamento italiano.
Agora, vem dos Estados Unidos um estudo elaborado por pesquisadores que alertam sobre a emissão de gases no cultivo de bifes em laboratórios, que pode ser 25 vezes maior que a pecuária de pasto.
O arroto e o pum do boi têm sido os culpados pela emissão de gases de efeito estufa, ocasionando o aumento das startups na produção de carnes de laboratório.
Esse estudo foi feito na Universidade da Califórnia em Davis coloca em cheque todo esse movimento em torno da carne de laboratório, inclusive a produzida pela EMBRAPA.
Dependendo da forma técnica para se obter a carne artificial, podem ser lançados na atmosfera até 25 vezes mais CO₂, do que no processo natural da carne bovina.
Os pesquisadores da Universidade relatam que pesquisas anteriores não mostram com exatidão a emissão de carbono nas diversas fases da produção em laboratório, além de demonstrarem altos níveis de incerteza e falta de considerações finais.
A publicação do estudo saiu na revista IFL SCIENCE, do mês de maio, trazendo uma ressalva: o estudo ainda não foi avaliado por outros setores científicos, como de costume, porém está bem avalizado pela qualidade profissional dos cientistas e dificilmente será contestado.
Por isso, houve um grande impacto entre os investidores de startups, porque a Califórnia ocupa a posição número 1 no mundo da inovação.
E você, o que pensa? Vamos continuar prestigiando nossa carne animal ou iremos seguir a tecnologia da carne de laboratório?