Um surto contínuo da gripe aviária no Brasil nos trazem enormes consequências nacionais e internacionais. O que aconteceu nos Estados Unidos e França por aqui seria ainda mais arrasador!
E vamos torcer e rezar para que nada aconteça, porém, alertar sobre os prejuízos coletivos é importante porque até os criadores de galinhas em fundo de quintal devem ficar atentos e chamar as autoridades de sua cidade quando houver qualquer suspeita.
Imagine o Brasil ficar por um período impedido pela Organização Mundial de Saúde de exportar sua carne de frango? A entrada de divisas no país e o prejuízo dos produtores é algo incalculável!
Se temos hoje o preço do ovo incomodando o consumidor, vamos imaginar uma situação com desabastecimento dessa proteína! E se a carne de frango sai do mercado, automaticamente começamos a correr o risco de subir a carne bovina por causa da demanda.
Já imaginaram os produtores de milho e soja, que tentam vender o mínimo possível no momento para recuperar preço, verem seus grãos numa queda brusca de venda?
E como os pequenos e alguns médios produtores vão renovar seus aviários, repondo aves que porventura tenham sido perdidas no abate obrigatório?
Barreiras sanitárias
O que podemos dizer sobre a gripe aviária que está cercando os avicultores brasileiros, que desde o início do surto em varias partes do mundo, desenvolveram variadas barreiras sanitárias que estão conseguindo conter a entrada do vírus nas granjas comerciais.
A Europa pagou caro com os diversos surtos em variados países. A França, como exemplo, foi atacada por três surtos e se viu obrigada a dizimar quase 50 milhões de cabeças de aves.
Os Estados Unidos também pagaram um preço caro com o abate de 58 milhões de cabeças, provocando falta de carne de frango no mercado e desabastecimento de ovo com a dúzia disparando e em algumas regiões como a Califórnia, o consumidor só tinha o direito de comprar no máximo duas dúzias.
O Ministério da Agricultura já decretou por 6 meses um plano emergencial zoossanitário, que permite uma mobilidade desburocratizada de outros ministérios se estendendo aos demais órgãos estaduais e municipais.
Providências tomadas - todo o bloqueio possível feito pelos avicultores - vamos torcer para que as aves migratórias retornem o mais rápido possível à América do Norte onde está começando a primavera e junto dela vem a alta de temperatura.
Muitas aves já estão deixando o território brasileiro, outras porém ainda terão que cruzar as terras brasileiras. Um dado interessante é que existe uma rota das aves que passa pelo Triângulo Mineiro e pelo Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Há uma preocupação geral com essa rota.
O trabalho preventivo está sendo feito pelas autoridades sanitárias e os produtores brasileiros. E, a sorte sempre privilegia aqueles que trabalham de forma correta!
E, Deus nunca deixou de ser brasileiro!