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Feijão, arroz e carne voltam ao prato do brasileiro

Preços das carnes estão com tendência de queda

Os preços do feijão vistos nas últimas semanas não sobem

As carnes de boi, porco e o feijão indicam uma boa feijoada para o fim de semana, ou então um bom churrasco com os amigos e você pode acrescentar a asinha de frango porque os preços das carnes estão com tendência a pequenas quedas.

A arroba do boi sofreu nova baixa no mercado interno. Para quem está com boi no pasto no ponto de abate, dificilmente vai encontrar valor acima de R$ 240 no Norte de Minas ou R$ 248 no Triângulo Mineiro. Frango e porco sem previsão de aumento. Em São Paulo, a arroba referência está valendo R$ 280, porém com poucos negócios registrados. Varia de região para região.

O feijão também está deixando o produtor e a dona de casa em uma situação, que se não é muito boa para ambos, proporciona preços bem razoáveis para quem planta e com bom acesso para o consumidor. A saca de 60 kg do feijão carioca andou raspando R$ 550, mas vem sofrendo quedas e hoje a compra e venda gira na casa dos R$ 400, em algumas regiões R$ 380.

Os preços do feijão vistos nas últimas semanas não sobem! Além das várias qualidades e valores que o consumidor pode escolher, a colheita da segunda safra está começando e teremos um bom volume para equilibrar os preços pelo menos até julho.

Como falei em feijoada no fim de semana aproveitando o bom preço da carne suína, o feijão preto também te convida a buscá-lo no supermercado pagando os preços praticados há um bom tempo.

Ainda com relação a carne bovina vejo uma imprevisibilidade muito grande até o final de maio, primeira quinzena de junho, quando os pastos começam a perder qualidade, principalmente se o frio vier mais forte.

Boa parte dos produtores não vai conseguir manter a boiada no pasto pagando suplemento alimentar, e, o preço da arroba pode despencar ainda mais! Aí, poderemos ver a carne caindo mais para o consumidor, quem sabe?

E os preços estão mesmo em queda! É o realinhamento que sempre falamos para chegar a um valor justo de mercado, inicialmente com menos ganho para o produtor e um pouco mais acessível ao consumidor.

O produtor de soja está amargando a saca a R$ 128 em Unaí, 134 no Triângulo Mineiro. O milho a R$ 71 em Patos de Minas.

O café arábica valendo R$ 1.130 no Sul de minas, R$ 1.155 no Cerrado Mineiro, R$ 1.095 na região de Capelinha e Manhuaçu.

O preço do café moído, em pó, para o consumidor continua na faixa de R$ 15 e R$ 16 o pacote de 500 gramas de um bom café.

Nota

Segurança no campo, infraestrutura e logística envolvendo estradas e rodovias, conectividade e energia elétrica são os temas que estão na pauta de um Debate Público Mundo Agro, enfim, a cadeia do agronegócio em seu ambiente, desafios e negócios. O evento está marcado para a próxima quinta-feira (27) de 8h às 18h, na Assembléia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

O governador Romeu Zema (Novo) já identificou vários desses problemas, inclusive a qualidade das estradas, só que algumas prefeituras parecem desconhecer a importância da zona rural e o agronegócio.

Por sinal, estive em Belo Vale que fica a 75 km de Belo Horizonte e eu não conhecia. Cidade com 10 mil habitantes, bem organizada, ruas limpas e bem sinalizadas, comércio ativo, cidade que caminha rumo a um turismo mais forte. Gostei!

Em Belo Vale, o prefeito Waltenir Liberato Soares merece nossos cumprimentos pelo cuidado que vem demostrando com as estradas rurais. Algumas já asfaltadas.

Produtor rural no município de Bambuí, em Minas Gerais, foi repórter esportivo por 18 anos na Itatiaia e, por 17 anos, atuou como Diretor de Comunicação e Gerente de Futebol no Cruzeiro Esporte Clube. Escreve diariamente sobre agronegócio e economia no campo.