Porque está faltando tomate no Reino Unido? As prateleiras dos supermercados estão quase vazias. Nos últimos dias, o inglês tem sofrido com a escassez de tomate e outros legumes, ao ponto de a ASDA, a terceira maior rede de supermercados da Grã-Bretanha, ter limitado a compra de tomate pelos clientes.
Hoje, numa decisão temporária, cada cliente só pode levar 3 bandejas de tomate. A Morrison’s, outra rede concorrente, já anuncia que irá vender somente 2 embalagens por cliente.
Usuários das redes sociais no Reino Unido têm se queixado da falta do tomate fresco. Outros culpam o Brexit pela falta do produto. E os supermercados também tem suas alegações e justificativas pela ausência do tomate nas prateleiras.
O mau tempo em Marrocos e Espanha são causas importantes que atingem esses 2 países que são grandes fornecedores de tomate ao Reino Unido, aproximadamente 25% do consumo. Enfim, as condições climáticas frias no sul da Europa e norte da África dificultam a boa produção de tomates, pimentões e outros legumes.
Os ingleses só não entendem porque a França, também abastecida de tomate por Marrocos, anda com as prateleiras cheias.
A explicação mais uma vez recai sobre o Brexit, a saída do Reino Unido da União Europeia.
A confirmação vem da Fruitnet, empresa europeia na cadeia de frutas.
É mais fácil e menos caro para os fornecedores levarem seus produtos para a Holanda e outros países do norte europeu como a Alemanha, porque não precisam negociar a taxa para ultrapassar as 25 milhas do Canal da Mancha, o que torna a carga mais dispendiosa.
O tempo frio e o preço alto da energia elétrica tiveram interferência direta na produção de tomate na Holanda, um dos maiores produtores do mundo. Os ingleses ainda vão esperar algumas semanas para poderem comprar o tomate mais barato e na quantidade desejada.
Na Europa, mesmo com dinheiro no bolso, o consumidor tem dificuldades para comprar vários produtos. Entre guerra e pandemia houve desabastecimento de uma boa variedade de alimentos.
No Brasil é diferente porque não falta nada. Infelizmente nosso desequilíbrio está no bolso do consumidor.