Culturas religiosas, principalmente, precisam ser respeitadas desde que não haja ofensa direta a quem está do outro lado e tem suas convicções próprias.
E essas diferenças se dividem pelo mundo e quando envolvem religião e crenças o simples desejo de combatê-las não vai adiante. Lembrem-se que somente conflitos e guerras sempre foram e serão a forma de tentar fazer prevalecer ou alterar crenças e culturas religiosas.
No Catar, como exemplo, é quase impossível observar uma briga de cachorro e gato. Os gatos circulam por todos os lados com toda a liberdade e existem os que moram nas ruas como aqui. O cachorro é tido como um animal impuro de acordo com o Profeta Maomé! E raramente se vê um cão!
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Se há respeito com os animais, não é crime você não gostar dessa ou daquele espécie. Eu, particularmente, gosto muito de cachorro e mais ainda daqueles que são verdadeiros guardas para serem criados espaços adequados. O gato não me atrai! Respeito, conheço suas utilidades, porém não me simpatizo com os bichanos e a vida segue!
Vejam um sinal de total desrespeito ao cachorro - de quem fala que adora e defende os animais - criando um labrador em apartamento. Um cão que pesa em torno de 30 a 35 quilos que tem facilidade absurda de ganhar peso, nada mais é que uma covardia!
Alguns cães de maior porte criados em apartamentos têm total dificuldade nos passeios com o dono, respiração ofegante e se arrastam com o o peso que carregam. E o dono, a passos largos, segue feliz e orgulhoso do seu pet! Essas pessoas geralmente conhecem tudo de meio ambiente, fauna, flora, só não conhecem o próprio animal de desejo.
Ē sempre bom lembrar que os animais são seres vivos, que precisam de um estado físico adequado para viverem, que tem problemas cardiológicos, diabetes e outros problemas.
Coreia do Norte
Na Coreia do Norte o ditador Kim Jong Un determinou que todos os animais de estimação fossem doados a restaurantes ou sacrificados. Ele explicou que cães e gatos são considerados produtos que simbolizam burguesia e o capitalismo decadente, nada mais que um luxo!
Autoridades norte coreanas fiscalizam residências suspeitas, para confiscar os cães e aplicar as penas da lei sobre os desobedientes. São atitudes condenáveis!
Retornando as diferenças, às vezes chocantes para certas culturas, elas estão espalhadas pelo planeta provocando controvérsias e movimentos dentro dos próprios países, no sentido de mostrar ao mundo um comportamento politicamente correto com os animais.
Nunca comi carne de cachorro e não me incomodo com os coreanos e seus vizinhos que têm essa cultura. Se matamos e comemos frango, boi, porco, jacaré, capivara, paca, porque outros povos não podem matar para comer um cachorro. Temos o cão como animal de estimação e o coreano com o objetivo principal de comer. Não sejamos egoístas!
Quando falo em comer animais exóticos é porque existem criatórios autorizados com a finalidade de transformá-los em alimento. Não é sair matando indiscriminadamente os animais.
O mulçumano não come porco, os indianos que têm o hinduísmo como religião não comem carne de vaca que é sagrada. A Índia, que hoje é a quarta produtora de carne bovina tendo ultrapassado a Argentina em volume, exporta carne de búfalo. Lá existe o mercado negro da carne de boi, mas em pequena escala e fortemente combatido pelo governo.
Leite e urina de vaca
O leite e a urina da vaca são usados para rituais de purificação. O leite como bebida e os lácteos são permitidos para consumo local. A Índia exporta sua carne de búfalos para o Vietnã, Malásia, Arábia Saudita e o Egito, seus maiores compradores.
E quem gosta de carne de rato? Algumas regiões da China e da Índia consomem o rato que não é o “rato de esgoto”. No Camboja, Vietnã e outros países próximos é um prato normal.
A Nigéria também abre espaço para o rato que pode custar mais que peixe e carne de boi. É o “rato africano gigante”, muito bem criado para o consumo humano.
O judeu tem costumes parecidos com o mulçumano. Come carnes bovina e de frango e descartam o porco. Do boi não comem os cortes coxão duro (chã de dentro) e a picanha.
O coxão duro envolve uma passagem bíblica com Jacó, que numa briga com um anjo de Deus teve sua coxa deslocada e posteriormente passou a ser chamado de Israel, palavras do próprio Deus. Então, os judeus não comem a parte traseira do boi onde está o coxão duro em respeito a coxa de Jacó (Israel).
A picanha brasileira eles também não comem porque não retiramos uma pequena veia que derrama sangue na parte interna do corte. A picanha só é liberada quando o boi é abatido no modo Kosher que obedece às normas judaicas.
Tudo não passa de diferenças culturais na maioria das vezes envolvendo a religiosidade de cada povo. Numa análise fria, quem está certo e quem está errado???