E foi por aí que o Ministro Alysson Paolinelli, o Pelé da agricultura mundial percebeu que o Brasil, que até então importava carne, poderia se transformar numa potência mundial na produção de alimentos.
Ao assumir o Ministério da Agricultura em março de 1974, Paulinelli que ganhou carta branca do então presidente Ernesto Geisel, gastou 5 anos para colocar o país no caminho mundial da agropecuária. Antigamente os senhores das terras tinham um ditado: cerrado nem dado e nem herdado! Terras vermelhas onde só nasciam árvores tortas tinham como única utilidade aumentar o tamanho das fazendas.
Ao distribuir cerca de mil e quinhentos técnicos e agrônomos pelo mundo para estudarem como os gringos trabalhavam a agropecuária lá fora, Paulinelli traçou seus projetos para aproveitar o desperdício do cerrado brasileiro.
Houve políticas do governo que levaram gaúchos, catarinenses e paranaenses, os mais qualificados ruralistas da época no Brasil, para iniciarem o povoamento das região centro-oeste. E, hoje, para saber como é o agro brasileiro o melhor é observar de avião a imensidão das fazendas de soja, milho, feijão e pecuária que se juntam por milhões de hectares e que se perdem de vista também das aeronaves.
Hoje, temos também a região de cerrado do Matopiba que reúne partes do MAranhão, TOcantins, PIauí e BAhia. Também não se plantava nem eucalipto por lá. Hoje o domínio pertence a soja e ao milho.
Hoje somos responsáveis pelo alimento de mais de um bilhão de pessoas no planeta, aproximadamente 15% da população. Até 2030 deveremos atingir 25%. A previsão é sermos responsáveis por 40% da alimentação da população mundial em 2050. É muita responsabilidade!
Precisamos pensar em tudo isso prevendo também o futuro de nossos filhos e netos que certamente guiarão o mundo quando esse momento chegar. A produção de alimentos nunca dará ré! A não ser que o mundo acabe! É uma teima burra ou ideológica!
Protestos, lacres e embargos simplesmente pelo direito de manifestação apenas pisam no freio da economia brasileira e o prejuízo é coletivo. Ninguém perde mais que o outro, a derrota vem para todos.
Respeito muito as pessoas que trabalham em prol de uma agropecuária limpa, excluindo do processo aqueles que agem com irresponsabilidade prejudicando sanitariamente suas próprias famílias, mas não podemos cair na arapuca dos países que trabalham com protecionismo sem avaliar o que fizeram em tempos passados.
O próprio pai da agricultura brasileira, o mineiro Paulinelli, nos concedeu uma entrevista dias atrás e disse exatamente o seguinte: “eu sou contra qualquer extrativismo, uso de compostos perigosos. Hoje temos ciência capaz de garantir que os produtos utilizados são inócuos a vida humana. Também a área biológica vai avançar muito agora, vai reduzir o uso dos químicos, vai melhorar muito as condições de ter alimentos mais naturais, mais saudáveis e nutritivos para a sociedade.”
E numa conversa entre outras pessoas, Paulinelli que presta assistência a alguns países africanos que estão entrando em desenvolvimento na agropecuária, revelou que a corrida futura na produção de alimentos será disputada entre Brasil e África.
A maioria das terras tropicais do mundo pertence ao Brasil e a África, continente que tem muito espaço para plantar e os investimentos estrangeiros já começam a chegar por lá. O mundo pode mudar em tudo, mas nunca nas condições básicas do clima que cada um possui
O brasileiro precisa estudar mais o seu país sem abandonar o que acontece lá fora. Temos uma Embrapa que somente a nossa grande maioria não a considera como referência mundial ou nem sabe que ela existe. Melhor conhecer a Disney e brincar no Alice País das Maravilhas.
Estudos e descobertas são apresentados diariamente em torno do Agro 5.0, energia limpa, cultivares que retêm carbono, enfim somos cientistas caipiras que precisamos ser considerados pela sociedade urbana que passa 24 horas por dia explorando nossos produtos sem ter o cuidado de saber de onde vêm o remédio que cura sua dor de cabeça, dos alimentos que te fortalecem e conforto de sua família.
O Brasil, em breve, vai colocar o mundo no colo e a vida de todos que aqui habitam terão uma virada espetacular bem para cima.
Você sabia que o Brasil já está se organizando rapidamente para ser um dos pioneiros mundiais na produção de Hidrogênio Verde, o combustível do futuro? Não é sonho e nem estou no país da Alice!
Não duvide que podemos nos transformar numa Arábia Saudita com nossa produção de Hidrogênio Verde. Vamos caminhar juntos e não ficar olhando de esquina, torcendo contra e fazendo fuxicos.