A ida do presidente Jair Bolsonaro para se encontrar com o presidente russo Vladimir Putin em Moscou acabou trazendo uma série de críticas ao Brasil porque o encontro aconteceu poucos dias antes da invasão a Ucrânia.
O objetivo do Brasil era exatamente desafogar o agronegócio país no que se refere aos fertilizantes. E a visita deu certo! Já com a Ucrânia sendo intensamente atacada o Brasil recebeu vários navios russos carregados de potássio e fósforo principalmente.
Houve uma subida de preços mas de repente os adubos começaram a ficar mais baratos e a projeção da próxima safra ficou bem mais tranquila para ser desenhada.
Só que o vento virou e muitos fabricantes na Europa que fornecem os fertilizantes sintéticos, o famoso NPK - nitrogênio, fósforo e potássio - resolveram reduzir as produções por causa do alto preço do gás natural de onde vem o nitrogênio.
É que o gás natural subiu 700% na Europa passando de 10 para 70 dólares o milhão de BTU, e, vai subir mais com a chegada do inverno europeu.
Por aqui existem pequenos sinais de preços subindo, de forma lenta, mas subindo! A preocupação maior fica por conta do milho - safra verão -que começa a ser plantando daqui a pouco e a safrinha que vem em janeiro. O feijão é outro grão que necessita escalada de fortes aportes de nitrogenados. Ao contrário do milho a soja não necessita de fertilizantes nitrogenados.
Por isso pode se abrir uma nova perspectiva de volume na próxima safra. Numa escalada forte de preços dos nitrogenados alguns produtores podem migrar para a soja.
O milho está com o mercado físico estável porque a maioria dos agricultores esperam preços melhores que podem ser ditados pela safra americana que corre risco de uma forte quebra por causa das condições climáticas.
Somando isso as exportações para a China ainda esse ano, poderemos ver um milho bem valorizado para o produtor, alcançando novos preços também no mercado consumidor