Ao longo de sua brilhante e vitoriosa trajetória na história das Copas do Mundo, a Seleção Brasileira sempre teve mudanças em suas formações originais. E, nesta Copa do Catar, não está sendo diferente.
Enquanto escrevo estas linhas, nossa seleção se prepara para enfrentar Camarões, última partida da fase de grupos, e, pelo jeito, será com um time reserva. Até aí, tudo bem, já que estamos classificados para a fase decisiva.
No entanto, o que preocupa a imprensa e torcida é o time titular. As lesões de Danilo e Neymar deixaram dúvidas sobre os substitutos e aumentaram após a vitória sobre a Suíça.
Apesar disso, mudanças na equipe brasileira em mundiais não são raras. Se pegarmos as campanhas dos cinco títulos, apenas na Copa do México, em 1970, a formação da equipe que começou a competição foi a mesma que decidiu e conquistou o tricampeonato diante da Itália.
Na luta pelo primeiro título, em 1958, na Suécia, a Seleção Brasileira teve cinco mudanças entre o time que venceu a Áustria por 3 a 0 na estreia e o time que derrotou os donos da casa na decisão, conquistando o primeiro dos cinco títulos do nosso futebol.
Naquela oportunidade, jogaram: De Sordi, Dino Sani, Joel, Mazzola e Dida e, na final, entraram Djalma Santos, Zito, Garrincha, Pelé e Vavá.
Na conquista do bicampeonato, em 1962, no Chile, Amarildo, o Possesso, substituiu Pelé, que se contundiu. No tricampeonato, como afirmei acima, não tivemos mudanças.
No Mundial dos Estados Unidos, em 1994, o time comandado por Carlos Alberto Parreira teve três mudanças entre o time que derrotou a Rússia por 3 a 0 no primeiro jogo e a escalação final da dramática decisão diante da Itália: Aldair, Branco e Mazinho substituíram Ricardo Rocha, Leonardo e Raí.
Na quinta estrela, conquistada em 2002, Luiz Felipe Scolari mexeu em uma peça do time pentacampeão: saiu Juninho Paulista para a entrada de Kleberson, fundamental naquela campanha.
Para os supersticiosos, que só assistem as partidas da Seleção com a camisa da sorte, no mesmo assento no sofá da sala ou no mesmo bar, com os mesmos amigos, entre outros, é um prato cheio.
E se isso for um bom sinal para a chegada do hexa, que Tite faça as mudanças. O importante é levantar é caneco.