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“Amigos” do Brasil negociam de forma silenciosa e privada novas tarifas com o governo Trump

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, sem dar detalhes, negocia novas tarifas com Donald Trump. A China também está em entendimentos adiantados

Enquanto o Brasil fica trocando farpas com os Estados Unidos, os amigos do Brics e do presidente Lula vão caminhando em direção a acordos comerciais com o presidente Donald Trump. Com uma taxa favorável de 10% cobrada pelos americanos na importação de produtos brasileiros, entre provocações paralelas, o Brasil foi surpreendido pelos Estados Unidos com uma tarifa brutal de 50%.

Evidente que trata-se de um tarifaço impossível de ser cumprido por parte do Brasil e os americanos sabem muito bem disso, mas não deixa de ser uma ferramenta para colocar o mercado exportador brasileiro um tanto encurralado.

Interessante é que os amigos do Brasil, India e China, ja negociavam com os americanos antes mesmo de terminar o encontro do Brics aqui no Brasil onde Lula e Narendra Modi se abraçavam e planejavam novas metas comerciais para o futuro próximo, inclusive o presidente Lula insistindo na moeda única entre os membros do Brics.

A Argentina já tinha pulado do barco bem antes do encontro no Rio de Janeiro e seu presidente Javier Milei praticamente deixou confirmado um acordo de livre comércio, sem tarifas, para 80% dos produtos argentinos e dos Estados Unidos.

Resta saber agora, como ficará o acordo comercial entre União Europeia e Estados Unidos onde vigora a taxa de 30%. A presidente dos europeus, Ursula Von der Leyen, reafirmou que vai buscar uma solução negociada deixando as contra-medidas para uma ocasião posterior, caso seja necessário.

Vamos aguardar o que vai sobrar para o comitê de negociadores brasileiros que vão ser escolhidos pelo governo federal.

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Produtor rural no município de Bambuí, em Minas Gerais, foi repórter esportivo por 18 anos na Itatiaia e, por 17 anos, atuou como Diretor de Comunicação e Gerente de Futebol no Cruzeiro Esporte Clube. Escreve diariamente sobre agronegócio e economia no campo.

A opinião deste artigo é do articulista e não reflete, necessariamente, a posição da Itatiaia.