O início do Campeonato Brasileiro sempre provoca um choque em vários clubes, seja ele positivo ou negativo. Há duas semanas, a Pesquisa Itatiaia/CNN/Quaest, mostrou que 11% dos torcedores brasileiros apontavam o Vasco como o maior candidato ao rebaixamento nesta Série A 2023.
Depois de duas rodadas, o time de São Januário soma quatro pontos, conquistados sobre os favoritos Atlético, a quem venceu por 2 a 1, no Mineirão, na estreia, e Palmeiras, com quem empatou no último domingo (23), no Maracanã, por 2 a 2, após estar vencendo por 2 a 0.
Apesar do gosto amargo diante do alviverde paulista, a realidade é que o Vasco mostrou estar longe de ser o principal candidato ao rebaixamento, como muita gente pensou. E que o equilíbrio é muito grande num Brasileirão que tem tudo para ser o mais difícil dos últimos anos.
Essa análise prévia das possibilidades dos times na Série A é feita com base nos Estaduais. Claro, ainda é muito cedo e apenas duas rodadas foram disputadas, mas sempre se faz previsões que não se concretizam porque é como se fossem duas temporadas diferentes dentro de uma no futebol brasileiro.
O Cruzeiro vive situação parecida com a do Vasco. O Campeonato Mineiro do time de Paulo Pezzolano foi desastroso. O início de trabalho de Pepa mostra que a coisa não é tão feia como parecia, embora a tarefa seja ingrata.
Acabar com os estaduais está longe de ser a solução, pois seria um golpe na nossa cultura, no nascimento do nosso futebol e de nossas rivalidades.
Mas vejo a disputa do Campeonato Brasileiro desde o início do ano, com os estaduais paralelamente, como uma solução para esse problema. A correção de rota com o bonde andando já faz parte do nosso futebol, mas ela não é justa. E a temporada toda não tem o mesmo valor.
Mas não é assim que acontece e a realidade é que temos duas temporadas em uma a cada ano no Brasil. Outra certeza é de que os tradicionais estaduais estão longe de serem parâmetros para o desempenho das equipes na Série A.