Em 20 das 22 edições do Campeonato Mineiro neste século, o título foi decidido numa final em ida e volta, como acontecerá agora em 2023. Em 11 oportunidades, a disputa da taça envolveu Atlético e Cruzeiro, que caso se enfrentem novamente, agora em 2023, estarão brigando pela condição de campeão do século no Estadual.
Para que o confronto entre eles aconteça na final é necessário que o Galo confirme seu favoritismo diante do Athletic, de São João del Rei, e a Raposa passe pelo favorito América.
No geral, o Atlético carrega uma vantagem confortável, pois na conta das taças supera o Cruzeiro por 47 a 38. Quando se faz o recorte considerando-se apenas este século, os dois clubes estão empatados, com nove conquistas para cada lado.
Depois de encerrar o século passado com um bicampeonato, em 1999 e 2000, o Atlético amargou um jejum que só foi encerrado em 2007. Antes disso, o Cruzeiro já tinha levantado três taças, em 2003, 2004 e 2006.
Antes do primeiro título atleticano, América (2001), Caldense (2002) e Ipatinga (2005) levantaram a taça. Nas seis primeiras edições do Estadual deste século, o Galo foi vice em 2001, 2003 e 2004, nas duas últimas do maior rival.
Em 2002, a Caldense venceu um Campeonato Mineiro que não contou com os clubes da capital e o Mamoré, de Patos de Minas, pois eles foram os representantes do Estado na terceira e última edição da Copa Sul-Minas.
Século 21
O recorte de maior campeão mineiro deste século tem como marcas a arrancada cruzeirense e a maior sequência de títulos do período decretando o empate.
Em 2009, quando chegou ao bicampeonato em sequência, o Cruzeiro abriu 5 a 1. Em 2011, o placar era de 6 a 2. Nas últimas 11 edições do Módulo I, o Atlético faturou sete (2012, 2013, 2015, 2017, 2020, 2021 e 2022), contra três conquistas da Raposa (2014, 2018 e 2019) e uma do América (2016).
O atual tricampeonato alvinegro, o único deste século, pois o último tinha sido do Cruzeiro, entre 1996 e 1998, decretou a igualdade.
Se a Raposa passar pelo América, e o Galo pelo Athletic, com os dois rivais fazendo a final do Campeonato Mineiro, o desafio dos comandados de Paulo Pezzolano não será apenas superar o favoritismo atleticano, mas impedir que o rival alcance o tetracampeonato, que não se tem em Minas Gerais há mais de 40 anos, pois o último foi do próprio Galo, entre 1978 e 1981.
Objetivo é o que não falta para os alvinegros, que se conquistarem o Campeonato Mineiro de 2023, confirmando o favoritismo, vão abrir dez títulos de frente em relação ao maior rival na contagem geral de taças, chegarão ao tetra depois de quatro décadas e chegarão ao primeiro deca no século.