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Manifestantes usam TikTok para burlar censura no Irã

Jovens do país usam a plataforma e VPNs para mostrar a situação atual do país e evitar a censura imposta pelas autoridades

TikTok é plataforma escolhida por iranianos para protestar

TikTok e redes privadas virtuais (Virtual Private Network – VPN) são as ferramentas escolhidas pela população jovem do Irã protestar. Dessa forma, eles têm acesso à internet mesmo quando o governo limita o uso da rede e podem contornar as tentativas de censura das autoridades sobre a atual situação do país.

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Após a morte de Mahsa Zhina Amini, de 22 anos, as tentativas de repressão no país aumentaram. Na plataforma, os iranianos usam hashtags e compartilham vídeos para disseminar informações.

Outros manifestantes curtem os posts, usam trechos em outras publicações, fazem duetos e reagir aos vídeos. Isso faz as publicações terem mais alcance enquanto os usuários se tornam anônimos e não são censurados pelo governo. Algumas publicações violam as diretrizes da rede social, mas como têm interações rápidas é quase impossível removê-las da plataforma.

Um post da advogada iraniana-americana Elica Le Bon pede que os seguidores compartilhem conteúdos relacionados aos protestos. O objetivo é que o mundo possa ser informado sobre a atual situação e continue a protestar. A publicação teve mais de 620 mil visualizações.

A maioria dos vídeos dos manifestantes do Irã usa a canção Baraye. Composta pelo iraniano Shervin Hajipour, a letra reúne tuítes que retratam a atual situação do país e a faixa já tem mais de 11,7 milhões de reproduções.