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Inteligência artificial detecta Parkinson pela respiração

Mudanças são comuns antes mesmo de os sinais físicos ficarem intensos

Respiração é submetida a ondas de rádio para identificar a doença

O padrão respiratório dos pacientes foi o aspecto selecionado por pesquisadores do Instituto Tecnológico de Massachusetts (Massachusetts Institute of Technology – MIT) para detectar a doença de Parkinson e sua gravidade com inteligência artificial. O estudo teve, ainda, a colaboração de pesquisadores da Universidade de Rochester, da Clínica Mayo, e do Hospital Geral de Massachusetts.

A doença de Parkinson é causada pela degeneração de células da região do cérebro conhecida como “substância nigra”. Como elas são responsáveis pela produção de dopamina, a falta desse componente faz os neurônios perderem a capacidade de comunicação e causa rigidez muscular, lentidão, demência e tremores.

Antes da manifestação física intensa da doença, entretanto, outros sintomas podem ser verificados. Um dos principais deles são as mudanças na respiração, já descritas por James Parkinson em 1817. Os cientistas do MIT, então, desenvolveram uma forma de mapear os padrões respiratórios de pacientes durante o sono.

Ondas de rádio permitem identificar os padrões respiratórios dos pacientes. Em seguida, os dados são enviados para um sistema de inteligência artificial — que detecta quais deles apresentam padrão respiratório característico da doença e a gravidade da manifestação.

Com a técnica, os cientistas analisaram 7.671 pessoas e determinaram que 757 tinham a doença. Os demais foram utilizados como grupo de controle. Os pesquisadores apontam que, no futuro, a inteligência artificial pode ajudar no diagnóstico precoce da doença e garantir tratamentos mais eficazes de forma a melhorar a qualidade de vida dos pacientes.