O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e entidades do meio ambiente apresentaram nesta sexta-feira (26) os resultados da
A última fase da operação começou no dia 15 de setembro e termina nesta sexta. Segundo dados apresentados pela
Segundo o superintendente de Fiscalização Ambiental da Semad, Gustavo Endrigo de Sá Fonseca, um dos pontos constatados pela operação é a reincidência de crimes ambientais voltados ao desmatamento da mata atlântica.
“Mais do que uma ida, a primeira fiscalização, autuação e suspensão de atividades, a gente procede com retorno nesses locais para averiguar se aquelas autuações impostas em fiscalizações anteriores continuam sendo devidamente cumpridas. E nós constatamos, na grande maioria dos alvos, que não. Foi constatado desrespeito à suspensão de atividades, pelo desenvolvimento de atividades agrícolas, cultivo de pastagens” afirmou durante a apresentação dos resultados.
O coordenador regional dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, promotor Rauali Mascarenhas, diz que houve uma atuação especial no Vale do Jequitinhonha e do Mucuri. Ele apontou que ao longo de todo ano, houve aplicação de quase R$ 30 milhões em multas.
“A atuação abrangeu 25 municípios da região dos vales Jequitinhonha e Mucuri, com concentração em Pedra Azul, Almenara, Ninheira e Jequitinhonha. Somente aqui em Minas Gerais, e aqui são os dados já concentrados com o Ibama e com a Semad, a operação de 2025 identificou mais de 4 mil hectares com supressão ilegal de vegetação nativa, resultando na aplicação de mais de 26 milhões de reais em multa”
Dados no Brasil
O Promotor de Justiça do Ministério Público do Paraná (MPPR) e coordenador do Projeto Mata Atlântica em Pé da Abrampa, Alexandre Gaio, esteve na apresentação e detalhou os dados da operação em nível nacional. Ele ressaltou que atualmente há pouca Mata Atlântica em boas condições no país.
“A Mata Atlântica ocupa 15% do território nacional, são 17 estados da federação abrangidos por ela. A Mata Atlântica é um dos hotspots da biodiversidade, então, são incríveis os números de biodiversidade da Abrampa (Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente) da Mata Atlântica, de fauna, de flora, e exerce múltiplas funções socioambientais em favor de pelo menos 150 milhões de pessoas no Brasil. A Mata Atlântica tem um histórico de destruição, de degradação, nesses últimos 500 anos. E hoje, infelizmente, a gente tem apenas 12% em bom estado de conservação” disse durante coletiva no Ministério Público de Minas Gerais.