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Homem mata morador de rua e passa meses escondido como sem-teto em BH

Conforme a polícia, o homem admitiu o crime no bairro Santa Mônica, em Venda Nova, mas disse que não sabia que a vítima havia morrido

Coletiva de imprensa esclareceu o crime que ocorreu em 15 de abril

Um homem de 25 anos foi preso e indiciado por homicídio qualificado por motivo torpe e meio cruel, após matar de forma brutal um morador de rua de 36 anos no bairro Santa Mônica, em Venda Nova, Belo Horizonte.

Para tentar escapar das investigações, ele deixou a própria casa e passou meses vivendo nas ruas, até ser encontrado dormindo na Praça Raul Soares, no Centro da capital. A informação foi divulgada em coletiva de imprensa da Polícia Civil nesta quinta-feira (28).

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Segundo o delegado Humberto Júnior, responsável pelo caso, o crime ocorreu em 15 de abril e teria acontecido depois que a vítima supostamente fez comentários desrespeitosos sobre a companheira e a sogra do autor, conhecido como “Palhacinho’’.

“A vítima teria elogiado de forma desrespeitosa a companheira e a sogra do autor e houve ali um desentendimento em razão disso”, explicou.

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O delegado contou que a discussão aconteceu pela manhã, mas a agressão ocorreu por volta das 2h da madrugada, quando encontrou o homem.

“Ele inicialmente chutou a vítima no abdômen, ela caiu e ele pisou seis vezes na cabeça. Saiu do local, retornou minutos depois e pisou mais nove vezes na cabeça da vítima, também desferindo chutes no rosto. Na terceira vez, voltou com uma chave de fenda, desferiu quatro golpes e deixou a ferramenta cravada no pescoço”, disse.

Após o crime, o homem passou a viver nas ruas para dificultar sua localização. Preso em 7 de agosto, ele confessou as agressões, mas negou intenção de matar.

“Ele confessou quando foi preso, disse que não tinha intenção de matar a vítima, não sabia que ela tinha morrido e que agiu por conta do desrespeito feito contra sua família”, afirmou o delegado.

Embora tenha sido o autor direto das agressões, havia outras pessoas no local. Elas não participaram do espancamento, mas também não fizeram nada para impedir a violência, permanecendo ali “como forma de garantir” a ação.

A vítima foi levada para o Hospital João XXIII, mas morreu dias depois.

Formou-se em jornalismo pela PUC Minas e trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre principalmente Cidades, Brasil e Mundo.
Jornalista formado em Comunicação Social pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UNI-BH). Na Itatiaia desde 2008, é “cria” da rádio, onde começou como estagiário. É especialista na cobertura de jornalismo policial e também assuntos factuais. Também participou de coberturas especiais em BH, Minas Gerais e outros estados. Além de repórter, é também apresentador do programa Itatiaia Patrulha na ausência do titular e amigo, Renato Rios Neto.