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Vacina contra dependência de cocaína e crack poderá ser testada em humanos

Informação foi divulgada durante evento de anúncio da concessão da carta-patente nacional para o imunizante, chamado Calixcoca

Pesquisadora exibe frasco da vacina

A vacina Calixcoca, contra dependência de cocaína e crack, passou para nova fase e poderá ser testada em humanos. O anúncio foi feito pelo governo de Minas e pela Universidade Federal de Minas Gerais, nesta quinta-feira (28), durante evento da concessão da carta-patente nacional. Esse é o documento legal que, segundo o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, confere ao titular os direitos exclusivos de propriedade industrial sobre uma invenção.

Os imunizantes, em desenvolvimento desde 2015, vão poder ser testados em pessoas dentro dos próximos 4 anos. Segundo os responsáveis, os testes feitos em animais têm resultados promissores até o momento.

O pró-reitor de pesquisa da UFMG, professor Fernando Reis, explica que a Calixcoca será indicada como apoio no tratamento da dependência, e não de maneira “preventiva”, ou seja, para quem não é dependente. “A vacina bloqueia a entrada da droga no cérebro, de modo que a pessoa, mesmo ao usar a droga, não sinta os efeitos de recompensa”, diz.

Presença no sistema público

O secretário estadual de saúde, Fábio Baccheretti, afirma que, caso os testes tenham bons resultados, o estado vai incorporar o imunizante. “O uso de drogas gera aumento de tuberculose e de outras doenças, porque diminui a imunidade das pessoas. Assim, a vacina tem benefícios diretos e indiretos muito claros”, afirma.

Atualmente, há o aporte de quase R$ 19 milhões em investimento na vacina por parte do governo do estado.

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Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.