Em média, 30 carros são furtados por dia em Belo Horizonte. Entre janeiro e julho de 2025, quase 5,7 mil veículos foram levados por criminosos, contra 5,5 mil no mesmo período do ano passado. O aumento é de cerca de 6%, segundo levantamento da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).
De acordo com a Polícia Civil, a principal explicação está na alta procura por peças no mercado ilegal. Por isso, operações de combate à receptação são realizadas de forma rotineira.
“O nosso foco é nos receptadores, porque são eles que estimulam o furto. Todo dia temos prisões de indivíduos que fomentam esse mercado”, afirma o delegado Luciano Guimarães, chefe da divisão especializada de prevenção e investigação de furtos e roubos de veículos automotores.
Veículos mais visados e destino dos furtados
Segundo a Polícia Civil, os principais alvos são os carros populares, já que suas peças têm fácil revenda.
Parte desses veículos é desmanchada para abastecer o comércio ilegal de peças, enquanto outros são clonados e levados para o interior de Minas.
Já automóveis de grande porte, como caminhonetes e veículos de luxo, costumam ser encaminhados para outros estados e, em alguns casos, até para o exterior.
O delegado reforça a importância de medidas extras de proteção. “É fundamental que o cidadão utilize dispositivos de segurança, como rastreadores, corta-corrente e bloqueadores de combustível, para dificultar a ação dos criminosos”, alerta Guimarães.