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Aço e minério de ferro: produtos mineiros escapam do tarifaço de Trump

Brasil é o segundo maior fornecedor de aço e ferro dos EUA

Volume de ferro e aço brasileiro exportado aos norte-americanos equivale a 14,9%

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quarta-feira (30) a ordem executiva que estabelece a tarifa de 50% sobre as importações do Brasil. No documento divulgado pela Casa Branca, os EUA excluíram alguns produtos importantes dos negócios entre os dois países. Para os outros produtos, está mantida a taxação, adiada para o dia 6 de agosto.

Entre os produtos que Minas Gerais é destaque na produção estão o aço e o minério de ferro.

O Brasil é o segundo maior fornecedor de aço e ferro dos EUA. Em 2024, os norte-americanos compraram US$ 4,677 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões) em produtos brasileiros do conjunto de “Aço e Ferro”.

O volume de ferro e aço brasileiro exportado aos norte-americanos equivale a 14,9% do total importado pelos Estados Unidos. Em primeiro lugar, aparece o Canadá, com 24,2%. Depois do Brasil, estão México (10,1%), Coreia do Sul (5,9%) e Alemanha (4,6%).

Os EUA foram destino de 47,9% das exportações do grupo de aço e ferro do Brasil em 2024. O segundo maior comprador do Brasil é a China, que correspondeu por 10,7% das exportações de aço e ferro do Brasil.

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Suco de laranja, aviões e outros

Além do aço e minério, a polpa e o suco de laranja, cobre, petróleo, celulose e aviões não militares também estão fora da taxação de 50% dos Estados Unidos.

Segundo o presidente da Associação Nacional dos exportadores de sucos cítricos (Citrus BR), Ibiapaba Neto, 40% das exportações brasileiras de suco de laranja tem como destino o mercado norte-americano, que no último ano foi responsável por US$ 1,3 bilhão em receitas.

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde