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Redução de preços da gasolina e do diesel não chega ao consumidor

Levantamento do Mercado Mineiro aponta que, nos últimos 21 dias, o preço médio da gasolina comum em BH passou de R$ 6,10 para R$ 6,02

Gasolina poderia ser ainda mais barata em BH

A redução de preços do diesel e da gasolina anunciada pela Petrobras não está chegando integralmente ao consumidor final, conforme revela uma pesquisa realizada pelo site Mercado Mineiro. De acordo com o levantamento, divulgado nesta segunda-feira (2), os preços nas bombas dos postos de combustíveis não estão acompanhando a redução nas refinarias.

Feliciano Abreu, diretor do site Mercado Mineiro, explica que a política de preços da Petrobras parece ser mais efetiva quando há aumento no preço do petróleo. ‘Quando o petróleo cai, como já caiu de abril até agora, passando de 74 dólares para 63,91 dólares, uma queda de 13,67%, e com o real se valorizando perante o dólar, a expectativa era de uma redução mais significativa nos preços da gasolina e do diesel’, afirma Abreu.

Variação nos preços dos combustíveis

O levantamento do Mercado Mineiro aponta que, nos últimos 21 dias, o preço médio da gasolina comum em Belo Horizonte passou de R$ 6,10 para R$ 6,02, uma queda de apenas 1,37% ou 8 centavos por litro. Já o etanol teve uma redução de 2,05%, passando de R$ 4,38 para R$ 4,29 por litro.

O diesel S10 também apresentou uma pequena queda, passando de R$ 6,18 para R$ 6,11, uma redução de 1,07% ou 7 centavos por litro. Abreu destaca ainda a grande disparidade de preços entre os postos, com diferenças que chegam a 21,5% para a gasolina e 22,52% para o diesel.

Consumidores

Nas ruas de Belo Horizonte, os motoristas entrevistados compartilham a mesma percepção: os aumentos chegam rapidamente às bombas, enquanto as reduções demoram a ser repassadas. Natália, uma médica, relata que tem abastecido na reserva devido aos altos preços. ‘Demora para chegar [a redução] e tem uns postos também que não fazem a redução na forma que é anunciada’, comenta.

Henrique, árbitro de futebol, compara a dificuldade de encher o tanque com seu trabalho: ‘Com certeza apitar um jogo está mais fácil que encher um tanque de combustível’. Já Elisandra, executiva de contas, gasta em média R$ 160 a R$ 180 para encher o tanque duas vezes por semana e afirma não ter percebido reduções significativas nos preços.

A disparidade entre os anúncios de redução e a realidade nas bombas continua gerando frustração entre os consumidores, que aguardam por um repasse mais efetivo das quedas de preço anunciadas pela Petrobras.

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