Acontece na tarde desta segunda-feira (14) o velório de Ana Paula Magalhães Nunes, de 37 anos, no cemitério Porto Seguro, em
Ana Paula foi assassinada a facadas no último sábado (12). Seu companheiro, identificado como Sebastião Henrique da Silva, confessou o crime e foi preso em flagrante. Ele contou a matou após uma discussão iniciada por ciúmes.
A vítima deixa dois filhos, de 14 e 11 anos, fruto do relacionamento dela com o suspeito. Eles estavam juntos há cerca de 16 anos.
A mulher foi morta com 20 facadas. Ela chegou a ser socorrida para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Justinópolis, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu.
Solto após audiência
Sebastião teve liberdade condicional concedida a pedido do
A
- Comparecer a todos os atos do processo;
- Não se envolver em novos delitos;
- Manter atualizado e comprovar seu endereço nos autos, além do número de telefone;
- Não se ausentar da região metropolitana sem autorização do Juízo, por período superior a 30 dias.
A justificativa dada pelo Ministério Público para o pedido de liberdade condicional foi que “o delito não gerou clamor público nem repercussões na ordem púbica e financeira/ econômica” e “o flagrado não tentou fugir e contribuiu com as investigações”, conforme consta na decisão judicial.
Preso novamente
Após Sebastião ser liberado, a
Familiares se revoltam com o caso
Em entrevista à Itatiaia, parentes da vítima revelaram que Sebastião sentiu ciúmes após a companheira colocar cílios e unha de gel. As pessoas relatam indignação com a liberdade condicional concedida ao suspeito.
“Eu estou no velório da minha prima assassinada com o cara solto. Não tem condição. Eles pegaram o cara em flagrante, ela com várias perfurações, gritando, porque o pessoal da UPA informou que ela chegou ainda com vida, e ele está solto? É impossível acreditar em uma justiça. Existe justiça?”, questiona.
Homem confessa que matou esposa, é preso em flagrante e solto após audiência
Revoltado, um primo do suspeito, contou que encontrou com Sebastião na rua quando estava no caminho para o velório de Ana Paula.
“A gente é prima dele, mas a gente não concorda nenhum um pouco com a situação. A gente quer justiça. E ele veio como se nada tivesse acontecido. O que ele fez, ele acha que vai ficar impune, mas não vai. Isso é um feminicídio, então ele merece ficar preso. Eu não sei que Justiça é essa que o Brasil tem de deixar um vagabundo. Ele é meu primo, ele é o meu sangue, mas a que está ali [Ana Paula] vale muito mais para mim do que ele que é o meu sangue”, desabafa uma parente de Sebastião.