“O fenômeno é comum. Não é difícil se deparar com essa tecelagem nas cachoeiras, atravessando rios e estradas”, afirma Pedro Gabriel, guia de turismo e chefe do Departamento de Meio Ambiente do município de São Thomé das Letras. Viralizou nas redes sociais um vídeo que mostra uma “chuva de aranhas” na mística cidade de São Thomé das Letras. Esse destino, no Sul de Minas Gerais, é muito procurado pelas cachoeiras, pelo pôr do sol e é conhecido pelas pedras que levam o mesmo nome do município.
Muitos internautas relataram sentir medo ou pavor de aranhas, mas, segundo Pedro, essas aranhas não oferecem nenhum risco. E na verdade, não é chuva, é uma grande teia. “Elas se acumulam geralmente em grandes bandos e tecem suas teias, normalmente no final da tarde, para aproveitar o horário de maior incidência de insetos. Elas ficam dispostas na teia que criaram antes do momento da caça conjunta, e os insetos vão ficando presos.”
O chefe do Departamento de Meio Ambiente também explicou que, após isso, as aranhas se recolhem todas juntas e formam um ninho, semelhantes a uma bola de aranhas, momento em que descansam. Depois, retornam à caça, sempre durante o período de calor e chuva, que é propício à formação de colônias. Essas aranhas são da espécie Parawixia bistriata e são sazonais, sempre se agrupando em bandos. Segundo Pedro, os turistas não precisam se surpreender ou se assustar, pois trata-se de um fenômeno comum nesta época do ano.
