A menina Ana Luiza, de 12 anos, que foi
Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (17), a Polícia Civil informou que ainda não é possível confirmar que houve violência sexual, mas disse também que a possibilidade não pode ser descartada, já que o suspeito possui histórico de crimes do tipo e o local em que o corpo foi encontrado era usado pelo homem para uso de drogas e prática sexual. Até o momento, o que já foi confirmado é que não foi encontrado nenhum sinal de violência externa no corpo da vítima.
Sobre a acusação de violência sexual registrada contra o suspeito em 2021, foi informado que o inquérito foi concluído, mas a equipe de Belo Horizonte não soube informar o resultado da investigação, já que foram feitas em unidades policiais diferentes.
A versão do suspeito
O suspeito contou à polícia que estava no campo de futebol do bairro Nazaré e que encontrou com Ana Luiza. Segundo ele, a menina estava inalando loló. Ele disse que ela pediu água, pois estava passando mal, e que ele a convidou para ir até a sua casa.
Ainda de acordo com o homem, quando chegaram ao local, ela continuou usando a droga. Em determinado momento, ela começou a passar muito mal e ficou com falta de ar. Ele relata que foi para fora da casa com ela e que foi ele quem acionou o Samu. Ainda conforme o BO, ele disse que uma pessoa que passava pelo local ajudou a menina, fazendo massagem cardíaca até a chegada do socorro. Ele ainda disse que não conhecia a vítima.
Boletim desmente versão
O registro policial, no entanto, não corrobora a versão do suspeito. “Inicialmente, é possível verificar que o relato do autor não condiz com que foi gravado nas imagens das câmeras de segurança”, descreve o boletim. A menina foi deixada por ele na rua, sem socorro. “Também cabe acrescentar que o autor retirou a vítima aparentemente desacordada de dentro de sua residência, alterando o local de crime.”
O médico do Samu relatou aos policiais que foi possível verificar, durante o atendimento médico, que a vítima já estava com o queixo rígido. Segundo o boletim, isso significa que “a morte da menina ocorreu muito tempo antes da ligação para o Samu”.
Com isso, foi dada voz de prisão ao homem pelo crime de homicídio. Ainda segundo registro policial, não foi encontrado nenhum frasco contendo a droga “loló". A perícia localizou resquícios de frascos de outros entorpecentes, além de um preservativo usado, que foi recolhido pela equipe da perícia.
Ele já tem passagem tem passagens por tráfico de drogas, furto e estupro de vulnerável. Em entrevista à Itatiaia, um familiar da vítima lamentou o ocorrido. “Esse rapaz deveria estar preso, cumprindo pena”, disse. “Não sei o que estava fazendo na rua, porque já tinha passagens por esse tipo de situação”, completou.
A reportagem da Itatiaia entrou em contato o Tribunal de Justiça e a Secretaria de Segurança do Estado, e aguarda posicionamento.
Homicídio qualificado
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou, por meio de nota, que efetivou a prisão em flagrante do suspeito. “Ele foi ouvido e autuado, a princípio, pelo crime de homicídio qualificado”, disse. O suspeito ficou à disposição da Justiça para as medidas legais cabíveis.
“A perícia oficial foi deslocada, onde foram realizados os primeiros levantamentos e a coleta de vestígios. O corpo da adolescente foi encaminhado ao IML para ser submetido ao exame de necropsia. As investigações prosseguem a cargo do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para a completa elucidação do caso e nenhuma linha investigativa é descartada”, acrescentou.
Participe do canal da Itatiaia no Whatsapp e receba as principais notícias do dia direto no seu celular.