A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou por homicídio culposo o motorista do ônibus com torcedores Corintianos que bateu na Serra de Igarapé, na Fernão Dias, na região metropolitana de Belo Horizonte, em agosto deste ano. Sete pessoas morreram e outras 27 ficaram feridas. As informações foram repassadas na manhã desta quarta-feira (6) em coletiva de imprensa.
A investigação indicou que o acidente ocorreu devido a diversas imprudências: segundo a polícia, o tacógrafo (dispositivo empregado em veículos para monitorar o tempo de uso, a distância percorrida e a velocidade que desenvolveu) estava inoperante e as peças do sistema de freio eram inadequadas.
“Era extremamente evitável. Bastava o ônibus estar em condições de uso”, disse o delegado Helton Cota. A PC ainda ressaltou que o condutor — que era o dono do veículo — não tinha o registro para esse tipo de serviço e que, em 2019, foi reprovado duas vezes por problemas no sistema de freio. Com isso, ele deve responder por homicídio culposo com a pena agravada por estar fazendo a utilização do veículo como transporte de passageiros.
O veículo pertence à CFV Martins Transportes e tem placa da cidade de Jacareí, no litoral Norte de São Paulo. O motorista argumentou que, na sexta antes do acidente acontecer, ele havia feito a revisão no coletivo. Porém, não sabia em qual oficina e onde se encontrava a nota fiscal.
Relembre o caso
Um acidente com um ônibus que transportava 43 torcedores do Corinthians provocou a morte de sete deles, na rodovia Fernão Dias, altura do km 525, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, na madrugada de 20 de agosto. O grupo voltava para São Paulo após acompanhar o empate entre Cruzeiro e Corinthians no Mineirão, em Belo Horizonte.
A última vítima a ter alta foi justamente o motorista. Ele chegou a ficar internado em estado grave no Hospital de Betim, mas se recuperou e deixou a unidade no dia 7 de setembro.
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