A família de uma criança de oito anos denuncia que o garoto foi vítima de racismo pela própria professora na Escola Municipal Doutor Adhemar Rezende de Andrade, no bairro São Pedro, em Juiz de Fora, na Zona da Mata.
Segundo o boletim de ocorrência registrado pela mãe da criança, o menino usa cabelo black e tem orgulho do próprio estilo. A professora do 3º ano do Ensino Fundamental disse a ele que o cabelo é ‘feio’ e precisava ficar preso. Na hora do recreio, a professora teria prendido o cabelo à força, de acordo com a mãe da criança, que é trancista de cabelos.
O fato ocorreu na última terça, véspera de feriado. Na quinta, os pais foram à escola para conversar sobre o assunto, mas só foram recebidos pela vice-diretora, que recebeu os pais e marcou uma nova reunião com a professora para a sexta. No dia seguinte, os pais retornaram à escola e não conseguiram ter acesso à professora. A partir disso, eles registraram o boletim de ocorrência e acionaram o Conselho Tutelar.
Em nota à Itatiaia, a Secretaria de Educação informou que apura o incidente e ‘repudia veementemente qualquer prática de racismo e adota como política pedagógica um trabalho contínuo de conteúdo antirracista’, intensificado e fortalecido pela constituição em 2023 do NUPRER ( Núcleo Permanente de Relações Étnico Raciais). Ainda segundo a secretaria, concluída a apuração da situação denunciada, ‘serão tomadas as providências cabíveis’.
A reportagem questionou se a professora está afastada das atividades, mas até esta publicação, não havia sido respondida.
