Um consumidor gravou sua conversa com golpistas que tentavam aplicar o “Golpe do 0800" para obter informações pessoais e realizar transações financeiras fraudulentas. Antônio Alexandre recebeu uma mensagem em seu telefone alertando-o sobre uma suposta compra no valor de R$1.795, realizada em seu cartão de crédito.
A mensagem incluía um número 0800, que supostamente deveria ser a central telefônica de um banco ou de uma área de cartões de crédito. Suspeitando da veracidade da mensagem, Antônio decidiu investigar e entrou em contato com o número fornecido, enquanto gravava a conversa. “Realmente, sua compra está sob alerta. Foi registrada uma transação de R$ 1.795, com suspeita de fraude, no site do Mercado Livre” informa o estelionatário.
Após Antônio fingir que aquela era sua conta e negar o conhecimento da compra, o falso atendente pediu que ele abrisse o aplicativo do banco e realizasse ações para “proteger” sua conta. Na realidade, essas ações de segurança eram, na verdade, etapas de uma transação via Pix. Isso permitia que uma pessoa leiga transferisse facilmente valores para o golpista.
Como o golpe é aplicado
O golpe se desenrola da seguinte maneira: ao ligar para a falsa central de atendimento, o golpista alega que a transação está em análise e, por isso, ainda não aparece na fatura do cliente. Para resolver o problema, a vítima é induzida a fazer uma transação para regularizá-lo. O golpista pode solicitar dados pessoais, como números de conta e senhas, alegando que essas informações são necessárias para cancelar a operação fraudulenta.
Como a compra é falsa, ao ligar para a falsa central de atendimento, o golpista diz que a transação está em análise e que por isso ainda não aparece na fatura do cliente. E que para resolver o assunto, a pessoa deve fazer uma transação para regularizar o problema. O golpista ainda pode pedir dados pessoais, como número de conta e senha, para cancelar a operação.
A orientação dos bancos é não ligar para os números informados nessas mensagens, e sim fazer contato pelos canais oficiais informados por cada instituição.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta que se trata de um golpe de engenharia social, que utiliza técnicas para enganar o indivíduo, levando-o a fornecer informações confidenciais, como senhas e números de cartões, e, sobretudo, a realizar transações financeiras em favor do golpista.