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Torcedor processa Cruzeiro e Minas Arena após ser agredido por vascaínos no Mineirão

Cruzeirense foi espancado, teve carteira roubada e ficou 16 dias sem se locomover; vítima pede R$ 40 mil por danos morais mais reembolso do prejuízo com a carteira roubada

Foto mostra torcedor cruzeirense sendo socorrido no Mineirão

Um torcedor do Cruzeiro que foi agredido por vascaínos durante o jogo entre Cruzeiro e Vasco, pela Série B do Brasileiro de 2022, entrou na Justiça contra o time celeste e a Minas Arena pedindo uma indenização por danos morais, além do reembolso dos valores gastos com a emissão de novos documentos.

No jogo, disputado no dia 21 de setembro, no Mineirão, o Cruzeiro goleou o time cruzmaltino por 3 a 0 e confirmou o acesso à Série A em 2023. Apesar do show dentro de campo, nas arquibancadas as cenas foram de violência, já que alguns vascaínos invadiram o setor laranja, destinado à torcida celeste, e geraram uma grande confusão com os cruzeirenses.

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No meio disso tudo, o torcedor cruzeirense, que foi ao Mineirão junto com três amigos. O grupo estava no setor laranja superior, “considerado mais familiar e com maciça presença de famílias, crianças e idosos”, segundo os advogados. Antes do intervalo, o cruzeirense foi até um dos bares do Mineirão e, ao voltar para a arquibancada, foi surpreendido pela invasão dos vascaínos.Os vídeos da agressão viralizaram pela internet.

“Munidos de diversos objetos como pedaços de madeira, utilizados como armas, os torcedores do Vasco agrediam covardemente todos os demais torcedores que estavam no local”, diz a ação. O torcedor foi agredido pelas costas e, mesmo desmaiado, teria sido espancado pelos vascaínos, ficando completamente ensanguentado. O ato de violência só terminou após outros cruzeirenses ajudarem o torcedor e acionaram a Polícia Militar e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). No meio disso tudo, o cruzeirense ainda teve a carteira roubada.

A vítima foi socorrida e só voltou a ficar consciente ao chegar no Hospital João XXIII, onde deu entrada em estado grave com cortes profundos no rosto, fratura no complexo zigomático e escoriações. O torcedor levou 16 pontos dentro da boca, ficou 16 dias sem se locomover e só voltou ao trabalho após dois meses. Após mais de um ano do ataque, ele segue tomando remédios e teve que pagar todo o tratamento com o próprio dinheiro.

Os advogados entraram com a ação contra o Cruzeiro e a Minas Arena, responsável pelo Mineirão, pedindo uma indenização de R$ 40 mil por danos morais, além do reembolso dos R$ 465,89 gastos para a emissão de segunda via da carteira de trabalho e habilitação, além do dinheiro que estava na carteira.

Em nota, a Minas Arena informou que não foi notificada sobre o caso. Já a assessoria do Cruzeiro afirmou que não havia sido informada do assunto e iria apurar sobre o tema, mas, passadas 24 horas, não houve retorno. A Itatiaia também abriu espaço para o Vasco se posicionar, mas o time carioca não retornou nossos contatos.

Jornalista formado pela UFMG, com passagens pela Rádio UFMG Educativa, R7/Record e Portal Inset/Banco Inter. Colecionador de discos de vinil, apaixonado por livros e muito curioso.