O cabo da Polícia Militar (PM) Aldir Gonçalves Ramos, de 41 anos, teve a prisão convertida de temporária para preventiva em audiência de custódia realizada na tarde desta segunda-feira (2) no Fórum Lafayette. Ele está preso desde sábado (30/09) por se envolver em uma briga e balear o segurança e motorista de aplicativo Bruno Adão Gomes da Silva, de 35 anos.
Durante a audiência, vários familiares da vítima foram à porta do fórum para protestar e pedir a condenação do militar. “Bruno é cidadão”, “bandido de farda não” e “isso nunca foi lesão” foram alguns dos dizeres que os parentes do motorista proferiram na porta do local.
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O advogado do policial, Alessandro Eugênio dos Santos, conversou com a reportagem da Itatiaia e afirmou que, por pedido do cliente, a defesa não vai se manifestar publicamente, apenas nos autos do processo.
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Defesa da família
Em conversa com a reportagem da Itatiaia, o advogado de defesa da família da vítima, Gilmar Francisco dos Santos, relatou que os familiares comemoraram a decisão e a consideraram uma conquista. A expectativa é que seja possível converter o crime.
“A princípio está classificado como lesão corporal gravíssima, mas nada impede que possa ser convertido em crime de dano, visto que o carro foi danificado, comunicação falsa de crime, pelo policial o ter chamado de ladrão no boletim de ocorrência, classificar por tentativa de homicídio e que ele possa ser levado a júri popular”, relatou.
Familiares também teriam relato que a vítima não está se sentindo confortável no hospital e que receberam informações de que ele estaria sendo ameaçado. As equipes de defesa pretendem se reunir para peticionar ao judiciário para tomar medidas cabíveis.
Estado grave
O segurança e motorista de aplicativo, Bruno Adão Gomes da Silva, de 35 anos, está internado em estado grave no Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, e teve
“Ele fez a cirurgia que durou 10 horas e meia. Perdeu a vista mesmo. No lugar do olho, os médicos colocaram uma prótese provisória, até poder colocar a fixa”, detalha Cíntia Arcanjo, tia do Bruno, que conta inclusive que o sobrinho teve o ‘cérebro destruído.’
*Com informações de Clarissa Guimarães e Rômulo Ávila