O Palacete Dantas, construído em 1915, ao lado do Palácio da Liberdade, na região centro-sul da capital, é tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais, mas está desocupado há dez anos. Com a assinatura do projeto de restauração, o prédio será aberto ao público e, assim que as obras forem concluídas, vai receber exposições e eventos. A iniciativa da reforma foi do Ministério Público.
O procurador-geral de justiça, Jarbas Soares Júnior, explicou que o edifico histórico vai ser incorporado ao circuito Praça da Liberdade e não deve virar museu ou memorial, e sim um espaço para apresentações e mostras artísticas.
“O imóvel abrigou a secretaria de cultura por muitos anos e hoje estava sem utilização. O Ministério Público traz recursos públicos regimentados com a ação do próprio MP para restaurar o imóvel, dar o uso a ele e permitir também que a população utilize, devolvendo para Belo Horizonte, Minas e para o Brasil um dos imóveis mais significativos da arquitetura. Penso na possibilidade de que, sobretudo jovens, artistas da periferia, pessoas que precisam de um espaço para mostrar a sua arte, possam utilizar tanto aqui, quanto o centro de convenções que nós estamos construindo lá no Ministério Público, com os auditórios e os espaços de exposição, para dar oportunidade a todos”.
As obras de restauração devem ser concluídas até meados do próximo ano. A estimativa é de que sejam gastos cerca de 6 milhões de reais na reforma, segundo o secretário estadual de cultura e turismo Leônidas Oliveira.
“Nós temos problemas estruturais nele, nós temos algumas rachaduras. O Instituto Patrimônio Histórico está fazendo o diagnóstico e também os levantamentos dos custos, e nós temos obviamente que recuperar, nós temos também o telhado precisa ser recuperado e pinturas murais, temos um forro de madeira belíssimo manuelino. Ou seja, é verdadeiramente um dos palacetes mais bonitos, eu acredito que como Palacete privado, ele é o mais singular da cidade de Belo Horizonte.