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Motoristas da Saritur denunciam carga horária pesada, péssimas condições de trabalho e falta de auxílio

Os motoristas expressaram preocupação perante a posição da empresa e a própria segurança dos motoristas

As escalas apresentadas para os funcionários formam mais de 11 horas de trabalho ininterruptas

Em relatos encaminhados a Itatiaia, os motoristas de ônibus da empresa Saritur expressaram indignação com as cargas de horário que estão trabalhando. As escalas apresentadas para os funcionários formam mais de 11 horas de trabalho ininterruptas. Além disso, eles afirmam que não possuem nenhum tipo de auxílio quando informam a empresa a respeito de um veículo com algum componente estragado. Segundo relatos, após informarem a empresa que algum veículo estragou, eles são realocados, os veículos encaminhados para a pista e enviados para outro motorista.

Em áudios enviados para a Itatiaia, eles expressam preocupação perante a posição da empresa e a própria segurança dos motoristas. Um dos motoristas, que não quis se identificar, trabalha há mais de 15 anos na Saritur e relatou a precariedade da empresa, principalmente em relação a carga horária e falta de atendimento com o supervisores.

“Os ônibus quebram, a gente relata os problemas e eles são escalados para outra linha. A gente fica a mercê dos perigos de dirigir um ônibus sucateado, comprometendo as vias e também a nossa integridade. Se acontece um acidente ninguém quer saber se a culpa é do motorista, do ônibus ou se é mecânica, e você acaba tendo que assumir a responsabilidade”, relata.

O funcionário também questionou a carga horária, informando que a os empregados trabalham mais de 11 horas por dia, inclusive nos finais de semana.

“As vezes queremos falar com um encarregado e ninguém nos recebe, temos que aceitar a escala do jeito que ela vem. As pessoas não querem saber se conseguimos atender a escala ou não”, completa.

Um segundo motorista que trabalha na garagem de Morro Alto relatou que a equipe está constantemente em situação de risco por conta da precariedade dos carros.

“Os carros da garagem estão todos ruins, sem freio, campainha não funciona é um absurdo o que fazem com a gente. A gente ‘larga o serviço’ 22h30 e volta a trabalhar 3h30 do dia seguinte, não está fácil não”, relata.

Posicionamento

A reportagem da Itatiaia entrou em contato com a Saritur e recebeu a seguinte resposta acerca das denúncias relatadas: ‘As acusações são infundadas’.

Até o momento de fechamento desta matéria, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) não se posicionou sobre os relatos.

Sob supervisão de Luis Otávio Peçanha