Escolas da rede municipal de ensino de Belo Horizonte vão promover ações educativas para combater a violência contra a mulher. É o que prevê a lei nº 11.570, sancionada na sexta-feira (18) pelo prefeito Fuad Noman (PSD) e publicada no Diário Oficial da União.
De acordo com a lei, as escolas vão ter ações socioeducativas e preventivas com o objetivo de conscientizar e erradicar todas as formas de violência e discriminação contra a mulher. O texto prevê campanhas, panfletos impressos e virtuais, seminários, palestras e exposições sobre o tema. A lei ainda diz que a prefeitura vai dar prioridade para ações que não impliquem ônus ao poder público, ou seja, não gerem gastos.
Procuradora elogia iniciativa
A Procuradora do Estado de Minas Gerais e colunista da Itatiaia,
“O machismo não é só do homem. A vítima sempre é mulher, mas o autor nem sempre é homem. A mudança começa pela educação, tanto na escola quanto em casa, com os pais. E nas escolas particulares também.”
Jerusa também acredita que, com ações como essa, as crianças e adolescentes vão ser capazes de identificar situações de violência vividas por elas ou por pessoas próximas. “O conhecimento liberta”, afirma a procuradora.
Prefeitura detalha ações
À Itatiaia, o secretário de Educação de Belo Horizonte, Charles Diniz, afirmou que acredita que a escola é o local correto para que essa discussão tenha início, preparando as crianças de hoje para se tornarem adultos conscientes sobre o respeito à mulher. O chefe da pasta ainda confirmou a chegada de novos profissionais para contribuir nesse processo.
“Ainda para somar, o processo de contratação de psicólogos e assistentes sociais para todas as unidades escolares está em processo final e em breve esses profissionais contribuirão para prevenir e minimizar os impactos advindos da violência contra às mulheres.”
Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte afirmou que já promove ações contempladas na lei, como o guia “
Além disso, a prefeitura vai lançar, no dia 1º de setembro, o glossário “Equidade na Educação”, que vai divulgar verbetes sobre equidade entre homens e mulheres, igualdade racial e inclusão de pessoas com deficiências. O material vai incentivar debates entre professores e alunos sobre o enfrentamento à práticas e discursos sexistas, racistas e capacitistas.