Sobe mais de 40% o número de mortes em acidentes de trânsito no Anel Rodoviário de Belo Horizonte no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2022. Nos primeiros seis meses de 2023, 17 pessoas morreram em ocorrências no Anel Rodoviário, enquanto no mesmo período do ano passado foram 12 óbitos. No mesmo momento, houve também um aumento de cerca de 30% no número de colisões no Anel Rodoviário.
O Tenente Luiz Fernando, do batalhão da Polícia Militar Rodoviária, comenta a ampliação de acidentes no Anel Rodoviário.
“Ao fazermos uma análise dos números podemos constatar que houve um aumento no comparativo 2023-2022. Já em relação ao horário, podemos constatar que a maioria dos sinistros ocorre no horário de pico, dessa forma procuramos sempre chamar atenção do condutor para que tenha a atenção a todo momento. Outra análise importante a ser feita é quanto ao sinistro por dias da semana, pois o Anel, em regra de segunda a sexta, tem um intenso fluxo de veículo, contudo, aos finais de semana e feriados, esse fluxo reduz consideravelmente, mas infelizmente o quantitativo de sinistros não”, relata.
Atualmente, mais de 120 mil veículos percorrem diariamente o Anel Rodoviário da capital mineira, ao longo dos 27 quilômetros entre os bairros Olhos D’Água, na região do Barreiro, e o Jardim Vitória, na região Nordeste.
A apreensão é grande entre os condutores que todos os dias passam pelo Anel Rodoviário. Julie, marceneiro, afirma que ‘passa aperto’ todos os dias na rodovia, principalmente com o fluxo do veículos.
“Já está passando na hora de melhorar para nós, porque a situação não está boa, todo dia fica ‘agarrado’, todo dia tem acidente, é difícil mesmo. Durante horário de pico a gente fica no mínimo uns 30 minutos preso, dá até medo de passar no Anel Rodoviário”, relata.
Matheus, estudante de Engenharia na UFMG, conta que sai de moto do Barreiro para a universidade e o grande perigo é a imprudência dos motoristas.
“O que atrapalha é o pessoal ‘correndo’ e que freiam para evitar o radar. O Anel é bem sinalizado, mas ele não comportou a quantidade de carros e o quanto a cidade cresceu”, completa.