Nove pessoas participaram de
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Um homem, preso em Belo Horizonte, atuou como apoio local do assaltantes. Morador do bairro Nova Granada, ele foi recrutado para participar deste roubo e auxiliar na logística na capital mineira.
A quadrilha
De acordo com o delegado, a quadrilha agia em diversos estados e tinha um “núcleo duro”, que atuava a partir de São Paulo e era responsável por planejar os crimes - mapear as joalherias, locais a serem roubados e possíveis compradores - e recrutar pessoas em São Paulo e nos estados onde os assaltos seriam praticados.
Entre os 9 participantes do assalto em BH, 4 estão mortos - faleceram em um confronto com a polícia após assalto em Goiás. Outros três estão presos - incluindo o financiador da quadrilha - e dois foram identificados apenas nesta semana.
Pelo menos 2 pessoas têm ligação com a “maior organização criminosa de SP”, segundo a Polícia.
Relógios no exterior
Nenhum dos relógios roubados em Belo Horizonte foi recuperado. O delegado Gustavo Barleta acredita que, possivelmente, todos foram enviados ao exterior.
“Há indícios de que tenham sido enviados ao continente africano e ao continente americano. Nesses locais, os chassis dos relógios são adulterados, assim como os documentos. Depois disso, os relógios voltam licitamente para o mercado paralelo ou para o mercado oficial e são vendidos”, explicou.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, muitos desses relógios são exclusivos - fabricados uma única vez - e com isso tem ágio grande. Assim, podiam ser vendidos por 300 mil reais na joalheria, por exemplo, e no exterior chegam a ser vendidos ou revendidos por 600 mil reais.
“Eles retornam para onde há demanda de mercado e são postos à venda, como objetos novos ou usados, há também revenda”, completou o delegado. As investigações continuam.
Relembre o caso
O assalto cinematográfico ocorreu na hora do almoço, quando o shopping estava cheio, que era véspera do Dia das Mães.
Conforme a PM, três homens armados vestidos com camisas de times de futebol entraram na loja. Clientes que estavam dentro do estabelecimento relataram terem ouvido tiros, o que não foi confirmado pela polícia. Houve corre-corre dentro do shopping e algumas lojas chegaram a baixar as portas. Famílias que estavam almoçando em restaurantes na praça de alimentação se esconderam debaixo das mesas.