O pai, de 34 anos, e a madrasta, 27, presos por tortura a adolescente, de 13 anos, no Aglomerado da Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, tiveram a prisão em flagrante convertida para preventiva pela juíza Juliana Miranda Pagano, após audiência de custódia nesta quinta-feira (13). O casal é suspeito de torturar a filha com fios elétricos e corda para cavalos.
“A gravidade concreta dos fatos, no qual houve emprego de violência real contra a vítima (...) constantemente agredida em seu próprio lar, por seu pai e madrasta, pessoas essas, que, ao contrário, deveriam protegê-la e da mesma cuidarem e zelarem (...) corrobora a necessidade da conversão da prisão em flagrante em preventiva, para a garantia da ordem pública”, disse a juíza no documento que a Itatiaia teve acesso.
Nessa quarta-feira (12), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que o casal teve a prisão ratificada. O pai foi autuado pelos crimes de tortura, falsa identidade, corrupção ativa, posse irregular de arma de fogo de uso permitido e por omissão de cautela. Já a madrasta foi detida por tortura.
Relembre
Os policiais foram informados do caso após uma aluna do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (Proerd) relatar que uma amiga estava sendo torturada pelos pais e havia sido agredida pela madrasta na porta da escola com um capacete.
Dias depois, a menina mostrou as marcas no corpo para colegas de sala e para a direção da escola. Aos professores, ela disse que era torturada fisicamente pelo pai há vários anos.
“A adolescente foi encaminhada para atendimento médico e, posteriormente, foi entregue mediante termo de responsabilidade a um familiar”, informou a corporação.