Um dia após o jornalismo da Itatiaia denunciar um ônibus (83D Estação São Gabriel - Centro) que estava circulando com o painel mostrando problemas nos freios, a BHTrans realizou um operação próximo a Estação São Gabriel e enquadrou mais dois ônibus por apresentarem pneus desgastados ou lisos. Os veículos atendiam as linhas 85 (Estação São Gabriel/ Centro - via Floresta) e 9214 (Caetano Furquim / Havai – via Alto Havai). Um terceiro veículo foi autuado por problemas na documentação e fazia parte do quadro da Linha 9211 (Caetano Furquim/Havai). Todos os veículos pertencem ao Consórcio BH Leste.
A Prefeitura de Belo Horizonte explicou que tem intensificado a fiscalização de itens de segurança e de licenciamento dos veículos do transporte coletivo municipal. As ações têm ocorrido nas garagens das concessionárias do sistema e no entorno das estações do MOVE e BHBUS.
Os ônibus flagrados com irregularidades precisam passar por vistoria técnica para verificar se as questões foram regularizadas. Caso sejam liberados, recebem nova autorização de tráfego e podem voltar a operar no sistema coletivo da capital.
Sindicato contesta
A ação de retirada do ônibus em circulação é contestada pelo Sindicato dos Rodoviário. O presidente da entidade, Paulo César da Silva , explica que são sempre orientados pela entidade a não prosseguir ou mesmo não iniciar uma viagem quando o veículo apresentar algum problema.
O Setra-BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte) explicou que a recomendação é de que no caso de qualquer irregularidade, o motorista deve parar o ônibus e fazer o a transferência dos passageiros para um veículo que esteja em condições.
Em nota, a entidade lamentou os ocorridos e disse que o sistema de transporte fica sujeito a falhas diante da natureza do serviço prestado e do elevado número de viagens realizadas diariamente.
Um ponto destacado como fundamental pelo SETRA- BH é o “estrangulamento financeiro perpetrado há anos e que impediu o necessário investimento na renovação de toda a frota do sistema, além de melhorias que poderiam ter sido implementadas se não fosse o desequilíbrio econômico-financeiro enfrentado pelas empresas desde 2018", completa a nota.