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SLU e Secretaria de Saúde criam estratégias para conter crescimento de focos de dengue na capital

Essas ações acontecem não só nessas épocas de epidemia, e são coordenadas durante todo o ano pela Secretaria Municipal de Saúde

O mutirão de limpeza consiste em recolher materiais de risco

Durante esse período de alta nos casos de dengue em Belo Horizonte, uma das estratégias da prefeitura para acabar com focos do mosquito aedes aegypti são os mutirões de limpeza. Essas ações acontecem não só nessas épocas de epidemia, e são coordenadas durante todo o ano pela Secretaria Municipal de Saúde, que mapeia as áreas que mais precisam desse trabalho, e orienta os moradores a juntar resíduos que acumulam água, como pneus e garrafas, colocar na porta de casa, para serem recolhidos pelos garis da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU).

O diretor de Zoonoses de Belo Horizonte, Eduardo Viana, explica como funciona a iniciativa.

“Muitos materiais que possam acumular água quando acumulados e deixados ao tempo livre acabam servindo de criadouros do mosquito. a Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a SLU, realiza ações que incentivam a população a colocar esses materiais para o recolhimento pelo serviço de limpeza, que chamamos de mutirões de limpeza. São ações realizadas pelo menos uma vez por semana em cada regional, principalmente naqueles locais onde há um maior risco epidemiológico”, conta.

Viana explica que qualquer material que não tenha uso e que possa acumular chuva pode ocasionar em água parada, que beneficia a proliferação do mosquito, como um pote de iogurte, um pneu velho ou um pedaço de plástico.

"É importante essa retirada desse material e, com isso, reduzimos a proliferação do mosquito e, consequentemente, ocorre a redução de casos de dengues e zika e chikungunya”, completa.

A chefe do Departamento de Serviços de Limpeza Urbana da SLU, Erika Santos Resende, detalha um outro trabalho importante, que ajuda não só no combate à dengue, que é a retirada de entulho dos chamados bota-fora, pontos da cidade onde sempre tem lixo de todo tipo jogado, e que podem ser focos de várias doenças.

“A remoção de deposição clandestina, ela é também uma ação que contribui para a saúde e para o meio ambiente. Em 2017 realizamos um grande mapeamento em Belo Horizonte e identificamos 880 locais onde infelizmente eram depositados indevidamente diversos tipos de resíduo, o que nos demandava uma limpeza programada e o monitoramento contínuo. A partir de então realizamos diversas ações intersetoriais, envolvendo diversas secretarias, e temos desenvolvido um trabalho intenso para a coibição destes locais. Em 2019, nós tínhamos 515 locais com deposição clandestina, e hoje nós temos 433", ressalta.

"É importante a gente esclarecer que a população precisa aderir ao serviço de limpeza urbana, não há nenhum local que possa ser usado como ponto para descarte indevido de qualquer tipo de material”, completa.

Formado em jornalismo pela PUC Minas, foi produtor do Itatiaia Patrulha e hoje é repórter policial e de cidades na Itatiaia. Também passou pelo caderno de política e economia do Jornal Estado de Minas.
Formado em Jornalismo pelo UniBH, em 2022, foi repórter de cidades na Itatiaia e atualmente é editor dos canais de YouTube da empresa.