Foragido da Justiça brasileira há pelo menos cinco anos, um homem de 40 anos foi preso suspeito de ter cometido estupro de vulnerável contra duas meninas, de 13 e 14 anos, em Ouro Preto, na região Central de Minas Gerais. Os crimes teriam ocorrido em 2016, e desde então, a polícia vinha realizando buscas para localizar o suspeito. As duas adolescentes teriam engravidado do autor, padrasto de uma delas, que foi detido no Paraguai.
Segundo informações da Polícia Civil, divulgadas em coletiva de imprensa realizada nesta segunda-feira (17), uma das adolescentes sofreu um aborto espontâneo e a outra criança nasceu. O suspeito, que estava em Ciudad del Leste, no Paraguai, foi detido na última quarta-feira (12), em operação conjunta com a Polícia Civil do Paraná, Polícia Federal e Polícia Tripartito, do Paraguai.
O autor foi localizado enquanto trabalhava em um dos shoppings populares na cidade paraguaia, onde realizava serviços diversos. Após a prisão, realizada pela polícia do Paraguai, o autor foi entregue para a Polícia Federal pela Ponte da Amizade, que conecta os dois países. Na última sexta-feira (14) o homem foi encaminhado para o presídio de Ouro Preto.
Investigações de estupro de vulnerável
De acordo com a delegada Celeida de Freitas, da Delegacia da Mulher de Ouro Preto, as investigações foram iniciadas em fevereiro de 2019. Uma das adolescentes teria relatado fortes dores no abdômen e, ao ser atendida com suspeita de apendicite, descobriu a gravidez. A menina relatou que havia sido estuprada pelo padrasto de uma amiga durante uma festa de aniversário e que, na sequência, a outra adolescente também foi estuprada - e engravidou do autor.
A delegada também explicou o que qualifica o estupro de vulnerável. “Ele nem sempre precisa ter a violência propriamente dita. O fato de ter uma relação sexual com um menor de 14 anos já é considerado como estupro pela lei, ainda que seja uma relação de namoro, ou uma relação aceita pela família”, completou.
O suspeito, que já foi extraditado, vai responder pelos crimes no Brasil. A pena prevista para estupro de vulnerável, sem considerar agravantes previstos em lei, é de 8 a 15 anos de prisão.
Com informações de Bruna Truocchio