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TJMG reforça ações de combate à violência contra mulher

Segundo a Sejusp, mais de 140 mil casos foram registrados em 2022

Justiça de Minas Gerais reafirma compromisso no combate à violência contra a mulher

A violência contra a mulher faz milhares de vítimas a cada ano no Brasil. Segundo dados da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), somente em 2022, em Minas, mais de 140 mil casos foram registrados. Com o objetivo de combater o crime e conscientizar a população, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), reforça as ações dos órgãos de justiça e amplia o debate sobre o tema.

Segundo o TJMG, caso uma mulher seja vítima de violência, ela pode recorrer à uma unidade de Delegacia da Mulher da sua cidade, ou ligar para o número 180. Se não houver uma delegacia especializada nas proximidades, a vítima pode até uma delegacia comum ou ligar para o 190.

Além dos atendimentos em delegacias, em 2020, o Governo de Minas também lançou o aplicativo “MG Mulher” para dar informações e suporte às vítimas. Por meio de uma rede de apoio, a mulher é atendida rapidamente em caso de violação de direitos.

O juiz titular do 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Belo Horizonte, Marcelo de Paula, explica o que está por trás do número exorbitante de casos: “O fenômeno da violência doméstica contra mulher é secular. Quando a sociedade estabeleceu padrões de estruturas sociais, foi feita uma divisão de funções que consolidaram essa estrutura patriarcal. A mulher acabou ficando submetida a toda essa maneira de reação machista por parte do homem”.

Para ele, uma outra importante forma de combate à crimes contra as mulheres é quebra do ciclo da violência que começa ainda na infância. “A criança e o adolescente tendem a reproduzir na vida adulta, a maneira em que foi criado. Caso cresçam em um ambiente de violência doméstica, eles tenderão a reproduzir esses comportamentos no futuro”, explica.

Marcelo de Paula reafirma a importância do tema ser discutido para que as mulheres possam identificar comportamentos violentos e saiam de situações de risco o mais rápido possível. O juiz também pede para que as mulheres denunciem os casos. “A gente entende que não é fácil, mas é necessário dar esse primeiro grito. Só assim a mulher vai provocar todo o sistema judiciário e garantir que os órgãos possam ampará-la o mais rápido possível”, ressalta.

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), já trabalhou na Record TV e na Rede Minas. Atualmente é repórter multimídia e apresenta o ‘Tá Sabendo’ no Instagram da Itatiaia.
Fernanda Rodrigues é repórter da Itatiaia. Graduada em Jornalismo e Relações Internacionais, cobre principalmente Brasil e Mundo.