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Motorista bêbado que atropelou e matou passageira de moto quer redução da fiança

Larissa Rodrigues de Assis estava em uma moto quando foi atingida e arrastada pelo carro, conduzido por um homem que admitiu estar bêbado

A jovem de 27 anos foi socorrida em estado grave após a batida no bairro Xodó Marize, mas morreu no início de abril

A Defensoria Pública de Minas Gerais pediu à Justiça para reduzir a fiança estipulada para o motorista suspeito de atropelar e arrastar a advogada Larissa de Assis, de 27 anos, causando a morte dela no último dia 31 de março, no bairro Xodó Marize, região Norte de Belo Horizonte.

O juiz Leonardo Machado Cardoso, da Central de Flagrantes de Belo Horizonte, havia fixado a fiança em 50 salários mínimos, o que equivale a R$65.100. Caso o acusado pague o dinheiro, ele pode responder o processo em liberdade provisória.

Entretanto, a Defensoria alega que o motorista não tem condições financeiras de arcar com o pagamento, uma vez que já declarou que tem renda mensal de apenas R$3 mil. Ele afirmou que trabalha de forma autônoma fazendo carretos.

A Defensoria afirmou, ainda, que o valor estimado não é legítimo e que transforma a fiança em " instrumento de reafirmação da desigualdade entre os indivíduos, garantindo a liberdade somente aos mais abastados e penalizando os economicamente vulneráveis”. Além disso, a Defensoria Pública argumenta que o suspeito não teve nem mesmo condições de arcar com um advogado, dependendo de um defensor público.

O pedido será analisado nos próximos dias pela Justiça, mas não há prazo definido.

Relembre o caso

Larissa de Assis, de 27 anos, estava em uma moto quando foi atingida e arrastada por um motorista com suspeita de embriaguez, na noite do dia 31 de março. Ela não resistiu aos ferimentos e morreu no hospital no dia 3 de abril. Ela havia sido socorrida em estado grave após a batida no bairro Xodó Marize, região Norte de Belo Horizonte.

Segundo o boletim de ocorrência, ela era a passageira de uma moto que passava pela rua Joaquim Clemente quando uma Strada branca fez uma ultrapassagem na contramão e não conseguiu desviar. Depois da batida, os policiais verificaram que o condutor, de 31 anos, apresentava hálito etílico e não conseguia ficar em pé. Ele confirmou que ingeriu bebida alcoólica, sendo encaminhado para a Central Estadual de Plantão Digital da Polícia Civil.

A família de Larissa informou que a jovem era recém formada em Direito pela Universidade da Pontifícia Católica de Minas Gerais (PUC-Minas). A motociclista, também de 27 anos, teve um dos braços quebrados com o impacto. A moto ainda foi arrastada por cerca de 100 metros.