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Sete trabalhadores em situação de servidão são resgatados em Minas Gerais

As vítimas trabalhavam em uma fazenda de morango e tomate-cereja no Sul de Minas Gerais

Imagem ilustrativa

O Ministério do Trabalho e do Emprego resgatou sete trabalhadores de condições degradantes de trabalho e de servidão por dívidas em Estiva, município do Sul de Minas. A operação começou no dia 14 de março deste ano.

As vítimas saíram do município de Ribamar Fiquene, no Maranhão, para trabalhar em uma fazenda de plantio e colheita de morango e tomate-cereja. De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência as passagens que seriam custeadas pelo empregador foram descontadas dos salários dos funcionários.

As vítimas foram alojadas em casas sem ventilação, sem luz natural, sem mobiliário para alojar alimentos e pertences e com condições de higiene precárias. Os trabalhadores também pagavam pelos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), pelos alimentos eprodutos de higiene e pelo gás de cozinha. Os itens eram comprados por fiado para serem pagos com os salários dos meses seguintes. Essa prática é conhecida como servidão por dívida.

O Ministério do Trabalho também informou que os locais de trabalho não possuíam banheiros, nem áreas com proteções que pudessem abrigar os trabalhadores das mudanças do tempo, como chuva, granizo e sol. Além disso, os funcionários não tinham carteira assinada e não foram submetidos a exames médicos admissionais.

O empregador terá que pagar R$ 32 mil em dívidas trabalhistas para as vítimas, e já teve que pagar 80% dos gastos que os funcionários tiveram com a compra dos itens indevidos. O dono da fazenda pagou, também, pelas passagens das vítimas para que elas pudessem retornar à cidade de Ribamar Fiquene.

Sob supervisão de Mariana Cavalcanti

Ana Luisa Sales é jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Na Itatiaia desde 2022, já passou por empresas como ArcelorMittal e Record TV Minas. Atualmente, escreve para as editorias de cidades, saúde e entretenimento