Quem tem ido ao zoológico de Belo Horizonte reclama da falta de animais e muita sujeita. Segundo relatos, as espécies não estão sendo vistas com facilidade o que tem decepcionado os visitantes.
“Da vez que eu vim aqui, mudou demais. Tá faltando muito bicho. Eu acho que as plantas estão muito mal cuidadas, mato, muito trem abandonado, acabou aquele restaurante maravilhoso que tinha aqui, né?”, relata Eva Gonçalves.
“Eu vejo que algumas partes estão com mato, um pouco grande, parece que tá faltando um pouco de poda, cuidar um pouquinho mais. Porque aqui é um lugar bem bonito, bem bacana, né?!”, contou outro visitante.
“Achei que tá com bem menos animais. Não tem girafa, não tem zebra, restaurantes”, conta Estefani Cardoso.
O presidente da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo Horizonte, Sérgio Domingues, rebate reclamações de visitantes e afirma que a o zoológico não está mal cuidado.
“O zoológico continua com a visitação muito intensa mas, sem dúvida nenhuma, o propósito do zoológico se baseia num tripé de conservação de espécies ameaçadas, nos planos de conservação de espécies ameaçadas de extinção e pesquisa. A educação ambiental entra com uma metodologia formal, aí sim, com as escolas e também com os visitantes.”
No últimos anos, muitos animais morreram no zoológico, entre mamíferos, répteis e aves, no total de 344 animais mortos. Entre 2018 e 2022, contando os nascidos e os que vieram por demanda externa, foram 193 animais.
“Importante a gente entender que existem muitos animais que já estão velhinhos e esse processo é natural, faz parte da natureza”, explica Sérgio Domingues sobre as mortes dos animais.
Segundo informações da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica o zoológico conta com mais de 3 mil animais de 200 espécies, e possui cerca de 70% de aves. Em 2022, o zoológico registrou a chegada de 24 animais, o nascimento de oito.