Um professor universitário de 46 anos foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por crimes sexuais contra cinco alunas das Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), em Montes Claros, no Norte de Minas, nessa sexta-feira (24). O docente está afastado das atividades.
“O suspeito foi indiciado cinco vezes por assédio sexual, duas vezes por fotografar ou registrar cenas de nudez, além de ato libidinoso”, explica a delegada responsável pelo caso, Karine Maia.
O inquérito da PC apurou os crimes de assédio sexual, ato libidinoso e outros crimes contra a dignidade sexual. As investigações começaram, no fim do ano passado, depois que a coordenadora do curso de História compareceu até a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e apresentou um relatório, elaborado por um acadêmico, que indicava possíveis crimes contra a liberdade sexual cometidos por um professor contra dez alunas e ex-alunas do curso de história. O docente chegou a ser afastado, por 60 dias, por meio de portaria da Unimontes.
Conforme o inquérito policial, as vítimas eram induzidas pelo suspeito que sugeria sessões de hipnose e massagem para que elas conseguissem relaxar.
“Algumas delas relataram que foram amordaçadas, vendadas e amarradas por ele durante prática de BDSM (Bondage, Disciplina, Dominação, Submissão, Sadismo). Elas relataram também que várias dessas sessões ocorreram dentro da própria universidade”, conforme consta em inquérito da PC que comprovou o ato em cinco dos casos investigados.
Segundo a delegada Karine Maia, as vítimas descrevem o suspeito como um homem manipulador e que fazia jogos de sedução. “Aproveitando-se da condição de professor, intimidava e constrangia as vítimas, coagindo-as a ceder a favores sexuais. Algumas delas relataram terem sido filmadas e fotografadas por ele sem o devido consentimento.”
Nota Unimontes
“A Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) informa que assim que tomou conhecimento dos fatos, determinou abertura de sindicância para a apuração das denúncias que concluíram para a abertura do Processo Administrativo Disciplinar (PAD) já no ano de 2022. O processo foi aberto e também nomeada comissão processante e os trabalhos encontram-se em fase de conclusão final. Essas são as manifestações da Universidade, tendo em vista, o sigilo que a questão exige.”
Relembre o caso
Em outubro de 2022, a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)
Após tomar conhecimento sobre o caso, o reitor Antônio Alvimar afastou o docente por 60 dias e encaminhou a denúncia para a delegacia da mulher.