O dia 8 de janeiro de 2022 ainda está marcado na memória de inúmeras pessoas que vivem, trabalham, ou apenas conhecem Capitólio, no Centro-Oeste de Minas. Na data, dez pessoas morreram após uma rocha se desprender de um canyon do Lago de Furnas e atingir uma lancha. O que inicialmente causou pânico se transformou em trauma e momentos de luto divididos entre parentes das vítimas.
Um ano depois, a Itatiaia voltou à cidade para relembrar a história. O advogado Thiago Flores é primo de uma das vítimas - Rodrigo Alves, condutor de uma das lanchas, à época com 42 anos. Ele recorda momentos da tragédia, muito além do desprendimento da rocha.
“Começou o ano com duas grandes tragédias para a gente, principalmente a questão do Rodrigo, mas também a questão das enchentes. Quando recebemos a notícia do acidente em Capitólio, e a possível presença do Rodrigo, estávamos tirando os móveis de casa na colônia Santa Izabel. Fomos duplamente impactados. Foi um ano muito difícil”, comenta.
Após a tragédia, a cidade, famosa por receber turistas do Brasil e do mundo,
Tempos depois, após diversas análises minuciosas, a visitação voltou a ser permitida no local, mas muita coisa mudou em meio a
Após 2022 de muito trabalho de recuperação, donos de hotéis, pousadas, bares e restaurantes na região de Capitólio, além de comerciantes, voltam às ações com mais tranquilidade, e com a retomada do turismo. A prefeitura, inclusive, afirmou que a ocupação hoteleira no fim de ano atingiu 90%, e a expectativa é boa para as férias de janeiro.
“O comércio voltou muito bom, foi um Réveillon muito bom, com a cidade lotada. A cada dia, vai melhorar mais”, comentou Lúcia Silva, dona de uma loja de utilidades na cidade. “A retomada é igual subir uma escada de dez degraus: tem que começar pelo primeiro, ou você não chega no décimo”, completou Reinaldo Santos, dono de uma loja de artesanato.