Uma Organização não governamental (ONG) ligada à Unesco fecha o cerco às mineradoras e vai denunciar, internacionalmente, a devastação na Serra do Curral, que abriga, além de Belo Horizonte, Nova Lima e Sabará.
Eleita símbolo da capital em 1998, a Serra do Curral equivale à importância do Pão de Açúcar para os moradores do Rio de Janeiro.
Segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, mais de 40 hectares de Mata Atlântica, o equivalente a cerca de 57 campos de futebol, seriam devastados na primeira fase da exploração de minério pela mineradora Tamisa.
O documento da ONG ligada à Unesco aponta a omissão do governo do estado e pede, também, a proibição de novos empreendimentos no local, além da desativação daqueles já existentes.
Sobre a emissão do alerta, o governo de Minas disse, em nota, que a Serra do Curral está sob proteção provisória, que impede o início de novas atividades sem autorização do IEPHA, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico, e que o tombamento definitivo aguarda aprovação do Conselho Estadual de Patrimônio Cultural, que teve encontros suspensos por determinações judiciais.