Quem esteve no Hospital Infantil João Paulo II, no bairro Santa Efigênia, na região Leste de Belo Horizonte, precisou de muita paciência para conseguir atendimento. As filas voltaram a ficar enormes e a demora para as crianças serem consultadas foi de muitas horas.
Josiane Mendes Josiane levou a filha, de um ano e nove meses, à unidade de saúde, mas voltou para a casa sem atendimento após horas de espera nessa quarta-feira (6).
“Tem gente aqui desde o meio-dia e não foi atendido. Já são quase 22h e vamos voltar para casa. Durante a madrugada, nós vamos voltar de novo para poder passar pelo atendimento”.
A estratégia é não passar toda a madrugada no hospital. No entanto, mãe e filha correm o risco de perderem a vez. “A gente corre o risco de perder o lugar. Mas eu preciso pensar no outro dia que vou trabalhar”, disse. A espera para o atendimento é de oito horas, em média.
Diego Gomes Diego, pai de um paciente, define a situação como complicada. “Estivemos aqui há um mês e meio e ficamos a madrugada toda. Agora, estamos aqui de novo”, disse.
Ele acredita que a saúde pública tem que melhorar no país: “a gente sofre demais com isso”.
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informou, por meio de nota, que o Hospital Infantil João Paulo II está com escala de médicos completa, com seis plantonistas, além de um profissional de apoio.
“O maior tempo de espera no pronto atendimento para pacientes de menor gravidade decorre do aumento da demanda em função da circulação dos vírus H1N1 e Influenza A, o que tem sido observado também em outros serviços de saúde da capital”, informou.
