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Wepink: justiça proíbe ‘lives’ de empresa de cosméticos de Virginia; entenda

A decisão aponta práticas comerciais consideradas abusivas e violações ao Código de Defesa do Consumidor por parte da empresa

WePink, empresa de Virginia Fonseca, é proibida de fazer lives

A Justiça de Goiás concedeu liminar em ação civil pública movida pelo Ministério Público (MPGO) contra a empresa brasileira de cosméticos ‘Wepink’ e seus sócios: a influenciadora digital Virgínia Fonseca, Thiago Stabile e Chaopeng Tan.

A decisão aponta práticas comerciais consideradas abusivas e violações ao Código de Defesa do Consumidor por parte da empresa.

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Penalidades

A liminar determina que a Wepink e seus sócios se abstenham de realizar novas transmissões ao vivo (lives) comerciais ou ações publicitárias de vendas virtuais até comprovar documentalmente a existência de estoque suficiente para atender aos pedidos.

Em caso de descumprimento, a multa prevista é de R$ 100 mil por ocorrência.

Além disso, a empresa deverá:

  • Instituir canal de atendimento humano, acessível por telefone e outros meios, com resposta inicial obrigatória em até 24 horas;
  • Divulgar em suas redes sociais e no site oficial informações claras sobre direitos do consumidor, cancelamentos, trocas e reembolsos;
  • Apresentar relação completa de todas as reclamações recebidas desde o início das operações.

O descumprimento dessas obrigações pode gerar multa adicional de R$ 1 mil por ocorrência, além das penalidades já previstas.

Origem da ação

A ação teve origem em inquérito civil instaurado pela Justiça de Goiânia, após denúncias de consumidores sobre atrasos nas entregas, ausência de reembolsos e descumprimento de ofertas publicitárias.

A empresa teria impulsionado as vendas com base na grande exposição pública de Virgínia Fonseca, que realiza lives e campanhas promocionais com descontos expressivos, incentivando compras impulsivas e criando sensação de urgência entre os consumidores.

A liminar destacou o “número alarmante e crescente de reclamações” e o fato de que a empresa mantinha práticas abusivas mesmo após advertências. Além disso apontou falta de estrutura mínima de atendimento, auditoria interna e programas de compliance.

A reportagem entrou em contato com a Wepink para obter o posicionamento da empresa sobre o caso e aguarda retorno.

*Sob supervisão de Edu Oliveria

Estudante de jornalismo pela PUC Minas. Trabalhou como repórter do caderno de Gerais do jornal Estado de Minas. Na Itatiaia, cobre Cidades, Brasil e Mundo.